“Ponhamos as máscaras no teatro da vida. Vamos a isso então”. O nome do ciclo de cinema, que começa quarta-feira, 2 de maio, às 20:45, no Auditório da Escola de Ciências da UMinho, Campus de Gualtar, Braga, “deve, numa primeira fase, fazer recordar ‘Persona’, de Ingmar Bergman, onde o tema da máscara (cf. definição de persona) foi prevalente”.
E – dizem os seus promotores – “de facto, este novo ciclo leva-nos a refletir sobre identidade e personalidade, sobre o papel da representação e o nosso próprio na sociedade, expandindo sobre ideias que já havíamos conhecido nesse filme do sueco”. Mas – acentua a Escola de Ciências – “desta vez, as propostas fílmicas desbravam novos caminhos, e nesta primeira enveredamos num registo muito diferente, e muito popular em Hollywood: a “biopic”, ou seja, o filme biográfico, a romantização dramática de uma vida”.
Quem foi Andy Kaufman?
“O gesto de interpretar outra pessoa subentende reverência, coragem, e uma necessária afinidade, seja de que forma for, entre os dois intervenientes. E de todo o panorama do entretenimento americano, o actor Jim Carrey dificilmente seria suplantado como o “performer” ideal para trazer (de volta) à vida a personagem (pessoa?) de Andy Kaufman. Quem foi Andy Kaufman? Um dos mais desafiadores e geniais comediantes (?) do show biz americano, um que confrontou e subverteu as expectativas do trabalho de comédia em palco”.
E a concluir, a UMinho anota: “Para a próxima quarta-feira, temos planeada uma viagem pela vida e obra de Andy Kaufman, na qual Jim Carrey mergulha e consequentemente se perde. O filme não acontece apenas no grande ecrã – porque Jim Carrey se recusou a largar a personagem durante toda a filmagem -, nem terminou ainda, porque há quem não acredite inteiramente que o trabalho de Andy Kaufman tenha acabado. E há mesmo um pouco de ‘Man on the Moon’ em cada um de nós: porque somos pessoas, porque existimos, e porque apenas isto foi suficiente para Andy Kaufman”.