As crianças foram as grandes protagonistas do Ludi Florei, o espetáculo de homenagem à deusa Flora, que marcou a abertura desta edição da Braga Romana, esta quarta-feira, em Braga.
Até ao próximo domingo, a cidade de Braga volta a vestir-se a rigor para recriar o quotidiano de Bracara Augusta. São 72 horas de programação ininterrupta e cerca de 100 espetáculos em palco.
A programação inclui ainda 61 saídas com animação itinerante e 136 atividades pedagógicas, entre aulas de latim e arqueologia, artes e ofícios, visitas e percursos encenados, teatros clássicos, teatros de marionetas, encenações, declamações poéticas, dança, jogos de tabuleiro romanos, contos e jogos romanos.
Com um investimento de 300 mil euros, o objetivo é evocar a fundação de Braga, com a recriação de Bracara Augusta.
Segundo Sílvia Faria, da Divisão de Cultura da Câmara de Braga, uma das novidades da edição deste ano são as ‘media arts’, que estarão presentes numa performance audiovisual em que o público é guiado por uma viagem entre Bracara Augusta e a Braga dos tempos atuais.
A responsável destacou ainda a presença dos “grandes grupos” internacionais de arqueologia musical “Ludi Scaenici” e “Synaulia”.
Será também “reforçada” a vertente do teatro clássico, com apresentações da companhia de Braga Tin.Bra e do 1.º ano da Licenciatura em Teatro da UMinho.
A Braga Romana abrirá com um cortejo com cerca de 3.000 crianças “vestidas a rigor”, incluindo ainda números obrigatórios como a cariação do casamento, do batizado e do funeral romanos.
Pela cidade, haverá um mercado romano com uma centena de mercadores.
No evento, estão envolvidas 60 entidades do movimento associativo e escolar, além de 32 agentes artísticos na área da música, dança, teatro e artes performativas, dos quais 13 são de Braga.
“Este é um dos grandes eventos da cidade e um dos mais acarinhados pelos bracarenses, que são parte ativa do mesmo”, referiu o presidente da Câmara.
Ricardo Rio destacou uma mesa-redonda agendada para o dia 19, na qual serão apresentados os resultados da intervenção arqueológica no edifício da Rua Nossa Senhora do Leite, na cidade de Braga.