São 650 pessoas as esperadas no tradicional almoço de Fontão, uma freguesia com cerca de 1.000 habitantes em Ponte de Lima, onde o mordomo paga a ‘comezaina’ pascal. Este ano não é um, mas dois, o casal Vítor Silva e Nazaré Amorim.
Em declarações a O MINHO, Vítor Silva, natural de Fontão, diz que tem sido “uma azáfama” muito grande em termos de logística para preparar o evento, que se volta a realizar numa tenda gigante para acolher centenas de pessoas.
“É uma azáfama muito grande mas com a colaboração dos jovens e de outras pessoas aqui da terra, as coisas ficam feitas”, disse-nos, salientando que é a primeira vez que está envolvido na organização desta tradição antiga.
Para este ano não há nenhuma novidade reservada, embora sejam esperadas mais 50 pessoas em relação ao ano passado. Nos três anos anteriores não houve tradição por causa da pandemia.
Este ano, a refeição passa por filetes de pescada, o tradicional cabrito à fontanense e também vitela. A regar, vinho verde branco e o vinhão da Adega de Ponte de Lima.
A terminar, Vítor deixa o apelo a quem for de fora para que apareça para ver o compasso a passar, mas ao almoço não, porque é mesmo só para os da freguesia.
A tradição da Páscoa de Fontão remonta à segunda metade do século XIX e a escolha do mordomo do ano seguinte é sempre um dos momentos altos da refeição, que é sempre paga precisamente pelo mordomo.