A Câmara de Guimarães vai assumir os custos de administração da vacina da gripe nas farmácias comunitárias, nas mesmas condições do que nos centros de saúde.
Segundo o Jornal de Notícias (JN), que avança a notícia, A poucos dias de arrancar a segunda fase de vacinação dos grupos de risco, apenas quatro municípios aderiram ao projeto que pretende aumentar a imunização da população com mais de 65 anos e ajudar os centros de saúde nesta tarefa.
A Câmara do Porto foi a primeira a disponibilizar-se para pagar este serviço farmacêutico e depois juntaram-se as autarquias de Guimarães, Loures e Oeiras. Outros 13 municípios estão em vias de estabelecer protocolos, adiantou a Associação Nacional de Farmácias (ANF) àquele jornal.
No total, trata-se de 165 mil vacinas.
Cada vacina administrada vai render 2,5 euros às farmácias, um valor “solidário” que não chega para cobrir as despesas com as instalações (gabinetes de vacinação e frigoríficos para armazenar as doses), com os materiais de proteção individual e consumíveis e com a formação técnico-científica dos farmacêuticos, mas que a ANF entende ser “um contributo responsável da rede de farmácias para vencer a covid-19”.
Todos os anos, as farmácias vendem e administram vacinas da gripe, com comparticipação do SNS e pagamento do utente, mas é a primeira vez que participam na campanha para ajudar o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O anúncio foi feito a 28 de setembro pelo secretário de Estado e Adjunto da Saúde. À data, António Sales informou que 10% das vacinas reservadas para a população de risco poderão este ano ser administradas em cerca de duas mil farmácias, mas não adiantou quem ia pagar o serviço nem como seria operacionalizado.