Buscas da PSP na sede nacional do Chega à procura de uma ata da Distrital de Braga

André Ventura, com Rui Paulo Sousa e Filipe Melo. Foto: Joaquim Gomes / O MINHO / Arquivo

A PSP deslocou-se hoje à sede do partido Chega, em Lisboa, por ordem de um juiz do Tribunal de Braga, à procura de uma ata da Comissão Política Distrital de Braga, feita em 04 de junho de 2021, no final de uma reunião do órgão, num restaurante de Terras de Bouro, em que foi exonerado o vogal José Luís Almeida Martins Moreira, atual líder concelhio em Vila Verde.

A ordem de busca foi dada por um juiz da Unidade Cível do Tribunal de Braga, depois de, em janeiro, em audiência de julgamento, e de acordo com fonte ligada ao processo, Filipe Melo ter dito que não havia ata nenhuma da reunião.

Fonte ligada ao processo salientou que, a Polícia não encontrou a dita ata da reunião.

A mesma fonte adianta que, três meses depois da saída de José  Moreira, em outubro foi exonerada a vogal adjunta Maria Cardenas (mulher do vereador de Vila Verde, Fernando Feitor), e foi esta militante quem moveu uma ação cível no Tribunal Judicial contra o órgão distrital, liderado por Filipe Melo, deputado na Assembleia da República e candidato por Braga, exigindo a ata da reunião e argumentando que, a Comissão Política de Braga passou, desde esse dia, a funcionar sem quorum.

Diz que, a falta de quorum ocorreu dado que, em fevereiro do ano seguinte, se demitiram a vice-presidente Eugénia Santos, a vogal adjunta Manuela Carvalho Ribeiro, o tesoureiro Filipe Araújo, o secretário José Manuel Branco Osório e o vogal suplente Carlos Alberto Rodrigues Pizarro.

A ação judicial argumenta que, a Distrital funciona sem quórum, pois ficou apenas com quatro membros ativos, quando são necessários cinco membros para que haja quórum.

Diz que, por isso, o líder Distrital, Filipe Melo, foi ‘repescar’ o militante José Luís Moreira e não quer apresentar a ata de sua exoneração. A repescagem – sustenta- “é ilegal”.

Maria Cardenas acentua que pediu a ata no dia 28 de Março de 2022, e pela segunda vez, no dia 23 de Abril, mas a Distrital recusou-se sempre a entregá-la.

O MINHO contactou Filipe Melo e o gabinete de comunicação do Chega, mas ninguém se quis pronunciar.

Fonte partidária disse, no entanto, que a Distrital funciona com quorum, de forma legal, e que não faz sentido que Maria Cardenas esteja a pedir a ata de um partido ao qual já não pertence, pois até integra a lista de candidatos do partido Nova Direita, pelo círculo eleitoral de Braga.

 
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