Braga vai classificar fonte com 500 anos que dava de beber aos peregrinos de Santiago

Foto: DR / Arquivo

O executivo da Câmara de Braga debate e vota, na segunda-feira, uma proposta de classificação como monumento de interesse municipal da Fonte de Santiago, uma fonte renascentista de espaldar retangular, edificada em 1531, por ordem do Arcebispo Dom Diogo de Sousa e hoje em dia implantada na Rua da Boavista.

A Divisão do Centro Histórico, Património e Arqueologia sustenta que “é do interesse do município proceder à classificação desta fonte, pois trata-se de um monumento de elevado valor cultural, artístico, turístico, histórico e patrimonial”. Encontra-se implantada na antiga rua da Cónega, “provavelmente para refrescar e saciar a sede aos peregrinos que seguiam os caminhos de Santiago”.

Nesse sentido, elaborou-se o requerimento inicial do procedimento de classificação de bens imóveis – monumento de interesse municipal da Fonte de Santiago, bem como a planta de localização e imagens, entendendo-se que estão reunidas as condições para determinar a abertura do procedimento de classificação como Monumento de Interesse Municipal.

E diz, ainda, “caso a presente proposta venha a ser aprovada, em sede de decisão do Executivo Municipal, deve ser feita a comunicação à Direção Regional de Cultura do Norte para se pronunciar”.

Monumento renascentista

Trata-se de uma fonte renascentista mandada edificar em 1531, por ordem do Arcebispo Dom Diogo de Sousa e implantada na rua da Cónega, tendo sido trasladada, em 1995, para o extremo de uma praceta, a sul da rua da Boavista, inserida no centro histórico de Braga.

A Fonte, também conhecida como Fonte da Cónega foi construída, em 1531, por determinação do Arcebispo Dom Diogo de Sousa e implantada na antiga Rua da Cónega, atual rua da Boavista, local por onde passavam os peregrinos que se dirigiam para de Compostela, sendo, provavelmente, por essa razão pela qual terá sido escolhido o orago para a fonte.

Mais tarde, em 1995, a fonte foi removida do primitivo local e deslocada para um lugar mais recuado, a sul da rua da Boavista, no extremo de uma praceta e adossada a um muro de pedra.

É constituída por espaldar retangular de formas simples, exibindo uma bica carranca, jorrando água pela boca, encimada por uma inscrição e pelas armas de fé do seu fundador, Dom Diogo de Sousa e um nicho fechado por uma porta envidraçada, que protege o retábulo e encerra a imagem de Santiago. De frente um tanque retangular.

 
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