Um homem foi proibido de se aproximar da discoteca Bô Zen, em Braga, casa noturna que tentou incendiar na madrugada de 31 de outubro de 2021, após ter sido, alegadamente, expulso e agredido por seguranças do estabelecimento, recebendo tratamento hospitalar.
Encontra-se indiciado por um crime de incêndio, fogo posto que não chegou a realizar.
João V., de 30 anos, residente em Braga, é suspeito de ter despejado um bidão, com 5,3 litros de gasolina, quando regressou do Serviço de Urgência Hospital Central de Braga, ao mesmo tempo que segurava um maçarico culinário. Mas, diz, voltou a ser agredido pelos “seguranças” e proprietário, fugindo.
Depois de diversas investigações até chegarem à identificação do suspeito de fogo posto, na forma tentada, a Polícia Judiciária de Braga deteve o comerciante, tendo sido já realizadas buscas na sua residência e estabelecimento. Foi apresentado ao Tribunal de Instrução Criminal de Braga para interrogatório e aplicação de medidas coativas, tendo-lhe sido imposta como a única determinação judicial a proibição de se aproximar a menos de 200 metros do estabelecimento situado em Lamaçães.
Até à data, o suspeito não tem qualquer tipo de antecedente criminal, não podendo ainda contactar por qualquer meio o proprietário, os seguranças e os restantes colaboradores da casa noturna, dos quais se queixará criminalmente, soube O MINHO.
A juíza de instrução criminal não aplicou mais nenhuma medida coativa, tendo em conta todas as circunstâncias do caso: o incêndio não se propagou e terá sido alvo de sucessivas agressões, tendo sido socorrido por várias valências operacionais do INEM.
Na sequência das agressões, João Paulo Vicente irá apresentar uma queixa crime contra o proprietário e os seguranças da casa de diversão noturna, em Lamaçães, o Bô Zen, o que ainda não tinha realizado, pois até agora desconhecia as suas identidades.