O Município de Braga espera que a obra de transformação do antigo edifício da fábrica Confiança em residência universitária possa avançar até ao final do ano, após a conclusão de um relatório preliminar em outubro, a que se seguirá um período de audiência prévia.
“Em princípio, em novembro a obra pode ser adjudicada”, sublinhou o seu presidente Ricardo Rio, em declarações a O MINHO.
O arranque da empreitada será, assim, mais rápido do que o habitual, entre outras razões porque, como é financiada pelo PRR – PLano de Recuperação e Resiliência, não necessita de visto do Tribunal de Contas.
Ao concurso apresentaram-se quatrro empresas: a ABB- Alexandre Barbosa Borges, a DST- (Grupo Domingos Teixeira), o Grupo Casais – todas elas de Braga – e a construtora de Amarante Teixeira, Pinto & Soares, SA.
A obra representa um investimento do PRR- Plano de Recuperação e Resiliência de 25, 51 milhões de euros.
A vereadora das Obras Municipais, Olga Pereira, havia dito a O MINHO que o projeto fixa em 500 o número de dias para execução da obra após a adjudicação ao vencedor do Concurso Público, – eram 520.
O projeto arquitetónico de transformação da antiga fábrica de sabonetes, em residência universitária com mais de 700 camas, conta com um espaço de uso complementar para fins culturais de área não inferior a 500 metros quadrados (m2). E terá espaços museológicos e de venda de produtos da extinta Confiança – da chamada linha Heritage – uma área que, ao todo, ocupa 1 300m2.
Terá dois edifícios
A Residência será constituída por dois edifícios, sendo um, o Edifício 2 ou Novo e outro o Antigo Edifício, que, neste caso, o prédio será objeto de uma empreitada correspondente à salvaguarda e reabilitação do Monumento Classificado, atualmente devoluto, e no outro, o designado como Edifício 2 ou Novo, corresponde à adaptação e ampliação, prevista para o terreno sobrante do prédio urbano, a implantar a norte do edifício fabril existente classificado.
O empreendimento “está concebido e caracterizado para ser promovido, gerido e executado com um grau significativo de inovação, nomeadamente ao nível do processo construtivo, das matérias-primas a aplicar, das soluções tecnológicas a desenvolver, da eficiência energética e sustentabilidade a assegurar, privilegiando soluções de construção modular e outros processos de construção modular e pré-fabricação”.
Nesta opção – diz a Divisão Municipal de Obras – a conceção, a tecnologia/inovação e a construção estão intrinsecamente ligados, sendo uma opção ambientalmente mais sustentável e económica e menos dependente do empreiteiro a selecionar. Este terá de elaborar igualmente o projeto de execução do empreendimento, razão pela qual a execução do projeto de execução constitui, também, objeto do contrato a celebrar”.