A chamada “guerra dos correias” continua durante este domingo, em Celeirós, nos arredores a sul da cidade de Braga, com o furgão de caixa aberta da empresa Arlindo Correia & Filhos (ACF) a bloquear o acesso à garagem do complexo industrial, em alegada “ação direta” dos promotores.
Como O MINHO noticiou, este sábado, António Correia e o filho, Filipe Correia, colocaram primeiro um automóvel Audi e depois uma carrinha de caixa aberta da ACF, a impedir a passagem, alegando uma “ação direta”.
A seguir, Filipe Correia telefonou para a GNR, dando conta “estarem em causa bens da massa falida da ACF” dentro daquelas instalações, deslocando-se ao local uma patrulha às ocorrências do Posto Territorial da GNR de Braga e registando a situação.
Já a empresa Socicorreia, que este domingo só tinha um vigilante/segurança nessas instalações, fez este sábado um comunicado acusando a GNR de “passividade e fechar os olhos” porque “essa camioneta foi colocada quando estava lá a patrulha da GNR”.
“A GNR não mandou retirar a camioneta que obstaculiza o acesso à nossa garagem, o que contraria a obrigação dos agentes da autoridade, apesar de estar num espaço público, podendo inclusivamente causar acidentes de viação”, acrescenta a empresa.
“A GNR de Braga demitiu-se assim das suas funções de ordem pública, não fazendo cumprir a lei, nem o Código da Estrada, perante um ato de sabotagem contra a nossa empresa e os nossos trabalhadores”, conclui a mesma empresa de construção civil.
Pai e filho incontactáveis
Entretanto, os visados – António Correia e Filipe Correia – estão incontactáveis este domingo, não tendo sido possível ouvir as suas versões, aguardando-se por um comunicado, de pai e filho, previsto para ser emitido já na próxima semana.
No sábado, Filipe Correia, contactado por O MINHO nas imediações do local dos incidentes, referiu “estar a verdade do nosso lado, será confirmada a verdade, todas as questões estão a ser discutidas pelas instâncias judiciais, por isso chamamos a GNR”.