Braga: Exposição com 30 trabalhos homenageia legado do arquiteto Fernando Jorge

Foto: DR

A Galeria da USF do Minho, da Unidade Local de Saúde de Braga tem patente a exposição “E a mão do Homem toca a de Deus”, uma homenagem ao percurso e legado do arquiteto Fernando Jorge, “figura ímpar da arquitetura bracarense e minhota, que nos deixou prematuramente em 2019”. A exposição está aberta ao público até ao dia 28 de junho de 2024.

Entre as suas obras mais emblemáticas, destacam-se as reabilitações do Bom Jesus do Monte, do Sameiro, do Palácio Dona Chica e dos ‘quartéis’ da Nossa Senhora da Abadia. No panorama da arquitetura contemporânea, figuram projetos como o Hotel Meliã, o edifício do ISAVE (Instituto de Saúde do Vale do Ave) e inúmeras obras de habitação familiar.

Entre esquiços e trabalhos de execução concebidos à mão, são mais de 30 os trabalhos que estão expostos. Ao longo da sala, as linhas de desenho livre prendem o olhar de quem por lá passa, entre os quais se encontra o retrato da sua avó. “É com enorme emoção que vejo esta exposição dedicada ao meu pai. Esta iniciativa permite-nos sentir um pouco a sua presença através de alguns dos seus desenhos e pensamentos, já que a sua obra completa enquanto arquiteto, essa encontra-se na rua”, refere Rui Dias, filho de Fernando Jorge, citado pela USF.

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A mostra apresenta uma seleção de trabalhos de Fernando Jorge, revelando a sua mestria técnica, criatividade e profunda sensibilidade artística. A exposição convida o público a percorrer o universo multifacetado do arquiteto, reconhecendo o seu contributo ímpar para a arquitetura bracarense e minhota.

Justa homenagem

Francisco Fachado, Coordenador da USF do Minho, reiterou, a propósito, a satisfação da instituição ao acolher a exposição na Galeria: “É uma justa homenagem ao Arquiteto, uma figura ímpar da arquitetura bracarense e minhota que nos deixou um legado inestimável.”, referiu.

E acrescentou: “Fernando Jorge foi um arquiteto visionário, dotado de um talento excecional e de uma profunda sensibilidade artística. As suas obras, tanto no âmbito da reabilitação do património edificado, como na área da arquitetura contemporânea, marcaram profundamente a nossa região e constituem um património cultural de inestimável valor”.

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Já Domingos Sousa, presidente do Conselho de Administração da ULS de Braga, afirma: “Esta iniciativa surge da nossa profunda convicção de que a cultura e a arte desempenham um papel fundamental na promoção do bem-estar individual e da comunidade. Ao abrir as portas da nossa Galeria a esta exposição, pretendemos honrar o nome de Fernando Jorge e, ao mesmo tempo, proporcionar aos nossos utentes e à comunidade em geral a oportunidade de apreciar a sua obra”.

Fernando Jorge, além de Arquiteto

Nascido a 21 de janeiro de 1954 em Parada de Bouro, Vieira do Minho, Fernando Jorge Peixoto Dias iniciou a sua carreira como professor primário, até se formar arquiteto pela Escola Artística e Profissional Árvore no Porto, na década de 80.

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Desde o início da sua carreira, distinguiu-se como um dos mais proeminentes arquitetos da cidade e da região, acumulando um vasto portefólio de projetos de grande relevância, tanto no âmbito da reabilitação do património edificado, como na área da arquitetura contemporânea.

 
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