Bloco de Esquerda critica opacidade e lacunas no PDM de Braga

Debate público

O Bloco de Esquerda (BE) de Braga promoveu, no sábado, um debate público sobre o Plano Diretor Municipal (PDM) na sua sede, contando com a participação do jurista e ex-deputado municipal do Porto, José Castro.

José Castro sublinhou a importância de um PDM que promova a ocupação sustentável do espaço urbano e rural, priorizando a reconstrução e reabilitação de edifícios, a qualificação das periferias e a preservação da identidade histórica e ambiental de Braga.

Durante o debate, os bloquistas deixaram críticas à forma como o processo de elaboração do PDM foi conduzido, considerando-o “opaco e insuficientemente participativo”.

O partido defende que, “sendo o PDM um instrumento crucial para o desenvolvimento económico e social do concelho, o executivo deveria ter incluído os partidos da oposição e outras forças locais no processo, em vez de relegar a intervenção cívica apenas para a fase de discussão pública”.

Entre as preocupações levantadas, destacou-se “o aumento significativo das áreas de construção nas periferias de Braga, agravando os problemas de mobilidade, sem soluções claras além do BRT, que abrangerá apenas as freguesias centrais”.

O BE questiona como o executivo pretende gerir o aumento do tráfego e os desafios ambientais que daí decorrem.

Outro ponto debatido foi a ausência de técnicos de saúde pública na equipa responsável pelo PDM, bem como a falta de propostas para mitigar os impactos das alterações climáticas.

O BE identificou “omissões como a implementação de infraestruturas verdes, zonas de sombreamento, arborização urbana e outras medidas que poderiam reduzir os riscos associados a ondas de calor e frio”.

 
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