A nova travessia sobre o rio Lima em Viana do Castelo está contemplada no investimento de 22 milhões previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), onde também se incluiu o acesso rodoviário à zona industrial do Vale do Neiva para “aumentar a competitividade do concelho”, disse hoje o presidente da Câmara.
O anúncio de uma nova ponte foi feito em fevereiro de 2018, ou seja, há três anos, e se o projeto já deu alguns passos ao ser incluído no Plano Nacional de Investimentos 2030, agora parece ver a sua força reforçada com a inclusão deste novo apoio europeu que visa dotar o país com 833 milhões de euros só em infraestruturas.
Em 2018, José Maria Costa, presidente da autarquia, havia anunciado o lançamento de um estudo prévio sobre a construção de uma nova ponte, com valor estimado em cerca de 12 milhões de euros, já tendo em mente o programa 2030.
O autarca socialista adiantou então que a futura ponte poderia “ligar o nó de Nogueira da autoestrada A27, na margem direita do rio Lima, à Estrada Nacional (EN) 203, na margem esquerda”.
“A EN 203 está muito sobrecarregada, fruto do desenvolvimento e dos investimentos que o grupo Europac tem vindo a fazer na fábrica de Viana do Castelo. O tráfego de pesados é quase insustentável, com problemas de acidentes rodoviários”, afirmou o autarca.
Segundo o presidente da Câmara, esta nova ponte “permitirá aumentar a mobilidade entre as duas margens do rio e criar condições de competitividade económica às empresas que estão instaladas no concelho”.
Esta quinta-feira, em declarações à Agência Lusa, José Maria Costa disse que a nova travessia “vai permitir que a zona industrial de Deocriste, onde está situada uma grande empresa de papel, a DS Smith, que representa mais de 300 milhões de euros em exportações, reforce o seu investimento”.
“Esta empresa vai fazer um reforço no seu investimento, em cerca de 190 milhões de euros, aumentando significativamente a produção e esta nova travessia vai permitir ligar esta zona industrial ao nó da A27”, especificou.
A nova travessia “vai reforçar toda a capacidade industrial da antiga Europac, agora DS Smith, uma grande multinacional que representa 360 milhões de euros de exportações por ano”.
“Com este reforço a previsão é que aumentem cerca de 90%”, concluiu.