Barcelos: Absolvido homem julgado por tentar matar amigo por causa de uma cadela

Tribunal de Braga
Foto: Ilustrativa / DR

O Tribunal de Braga absolveu um homem julgado por tentar matar outro após uma discussão em Vila do Conde. Os juízes consideraram não haver provas de que disparou, a três metros de distância, para o corpo do queixoso, seu ex-amigo, dando apenas como demonstrado que deu dois tiros, mas para o ar. Concluíram,, ainda, que não estava bebado quando puxou da pistola.

Os dois eram amigos diários mas pegaram-se de razões por causa de uma cadela. José Maria C., puxou de pistola e terá tentado matar o amigo. Foi julgado por tentativa de homicídio, detenção de arma proibida e uso e porte de arma em estado de embriaguez.

O arguido, de 65 anos, de Famalicão, fez amizade, em 2014, com Ricardo P., de quem era vizinho em Grimancelos, Barcelos. Faziam refeições juntos e privavam em convívio franco.

José Maria tinha um cão, da raça chow-chow, e a namorada de Ricardo, Ana, ofereceu-lhe uma cadela da mesma raça, ficando combinado que aquele lhe daria um cãozinho, quando nascessem crias.

Nesse entretanto, o arguido mudou-se para as Caxinas, Vila do Conde.

Em março de 2017, e como este não cumprisse a promessa de lhe dar uma cria, Ricardo, acompanhado por Ana e por um primo, procurou-o em casa; espreitou pelo muro e foi confrontado pelo arguido: “sai daqui. Não te quero aqui!”, disse-lhe. Ao que Ricardo respondeu: “estou na via pública”.

Puxa de revólver

Em resposta, José Maria – dizia a acusação – deu-lhe uma chapada na cara e, no meio de empurrões, dirigiu-se para o carro onde tinha um revólver, uma Magnum calibre 7.65 mm: “não sais daqui a bem, sais a mal!”, gritou, disparando um tiro a três metros de distância que só não atingiu o ex-amigo “por sorte”. Facto este que não ficou provado.

O confronto continuou com Ricardo a agarrar-lhe as mãos e a derrubá-lo, o que conseguiu embora tivesse, ainda, havido um disparo para o ar. De seguida, o primo e a namorada acabaram por imobilizar o agressor, tirando-lhe a arma.

Chamada ao local, a GNR constatou que estava alcoolizado com 1,77 gramas por litro de sangue.

 
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