Alto Minho
Baloiços gigantes no Alto Minho: Uma “loucura” que atrai “milhares de visitantes”
Baloiços panorâmicos
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Dois baloiços panorâmicos instalados, em julho, em Vila Nova de Cerveira e Arcos de Valdevez transformaram-se na mais recente atração turística do distrito de Viana do Castelo, com “milhares” de pessoas a fazerem “fila” para avistar a paisagem.
O baloiço do Mezio, em Arcos de Valdevez, está montante a 650 metros de altitude, na freguesia de Cabana Maior, no coração do Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG). Foi inaugurado a 11 de julho e, em pouco mais de um mês, a aposta da Junta de Freguesia e do Conselho Diretivo de Baldios “já recebeu mais de 15 mil visitantes, sobretudo espanhóis”.
“Tem sido fantástico. Num curto espaço de tempo ultrapassámos, largamente, as 15 mil pessoas. Durante a semana passam pelo baloiço entre 400 a 500 pessoas. Ao fim de semana são entre duas a três mil pessoas. Muitas vêm de longe para andar no nosso baloiço gigante”, explicou o presidente da Junta de Freguesia e do Conselho Diretivos de Cabana Maior, Joaquim Campos.

Foto: Rádio Vale do Minho
O sucesso da iniciativa estendeu-se às redes sociais. Um mês depois do baloiço estar a funcionar, a página oficial no Facebook tinha mais de 252 mil seguidores, e no Instagram as histórias do Baloiço do Mezio eram acompanhadas por perto de 100 mil pessoas.
“Perfeito para relaxar e desfrutar da mais bela paisagem 360 graus do alto do Mezio, zona privilegiada da serra do Soajo e do PNPG considerada pela UNESCO Reserva Mundial da Biosfera, uma vista que alcança longas distâncias”, lê-se na publicação nas redes sociais.

Foto: DR
Com 7,60 metros de altura, por 1,10 de largura, a estrutura é feita de madeira e tem capacidade para duas pessoas. Para evitar “constrangimentos de trânsito” foram criados “bons acessos” e “quatro parques de estacionamento” e, devido ao surto de coronavírus, instalados equipamentos com gel desinfetante e recomendações para o cumprimento das regras emanadas pelas autoridades de saúde.
A construção do baloiço custou cerca de cinco mil euros e a estrutura está dotada de “piso antichoque, para proteção dos utilizadores”.
“Do baloiço a nossa vista alcança todo o PNPG, as serras Amarela e do Soajo, os concelhos vizinhos de Ponte da Barca e Ponte de Lima e ainda se conseguir enxergar um pouquinho de Viana do Castelo”, explicou o autarca.
Baloiço do Mezio com aglomerados. Autarca apela ao respeito pelas normas sanitárias
A ideia do baloiço panorâmico surgiu em 2016, mas foi travada por um incêndio que atingiu o PNPG. Este ano, a pandemia de covid-19 relançou o projeto de promoção turística da aldeia.
“Pela situação criada pela pandemia pareceu-nos a altura exata para recuperar o projeto do baloiço até para mostrarmos a intervenção de recuperação de 40 hectares que tinham sido consumidos pelo fogo, dentro e fora do PNPG, através da plantação de mais de 35 mil árvores, num investimento global de mais de 100 mil euros”, explicou o presidente da Junta de Cabana Maior, Joaquim Campos.

Foto: Rádio Vale do Minho
A procura por outros baloiços panorâmicos espalhados na região e no país motivou a Junta de Freguesia e o Conselho de Baldios.
“Achamos que seria um projeto barato e com retorno imediato. Temos uma freguesia com uma grande extensão e muita área dentro do PNPG, mas com uma população bastante envelhecida. Tínhamos de criar alguma atração para chamar turistas e mostrar o que temos aqui”, especificou o autarca, recordando que o baloiço está junto à Porta do Mezio, que dá acesso à entrada no PNPG, através de Arcos de Valdevez.
A mais de 50 quilómetros de distância daquele concelho do vale do Lima, em Vila Nova de Cerveira há outro baloiço muito procurado e que recebeu o nome de “Cerlove”. Está instalado no monte do Crasto, na Serra da Gávea, considerado “o berço de Cerveira”.
Portugueses e espanhóis fazem fila para andar no baloiço gigante de Cerveira
O baloiço do vale do Minho, construído em madeira pela União das Freguesias de Vila Nova de Cerveira e Lovelhe, está junto ao miradouro do Cervo, assim batizado em homenagem à escultura, com o mesmo nome, de José Rodrigues.
O autarca Constantino Costa já perdeu a conta aos visitantes: “São aos milhares. Não faço ideia. Aos fins de semana a GNR tem de cortar o trânsito porque é uma loucura. É carros para cima e para baixo. Entope tudo. As filas de pessoas chegam a ter centenas de metros. Nunca se viu tanta gente em Vila Nova de Cerveira”, apontou.
Câmara proíbe acesso automóvel ao baloiço gigante de Cerveira
O autarca não esperava “tamanho” impacto de investimento de pouco mais de mil euros que apelida de “escultura Cerlove”.
“É uma escultura, não é um baloiço. Não é para baloiçar. É para sentar e tirar fotografias”, frisou, acrescentando que o objetivo da estrutura, com sete metros de altura e cinco de largura, é mostrar a “paisagem única” que se avista do alto de Crasto.
“Não há outro lugar que tenha paisagem igual à nossa. Não é para me gabar. Consegue ver-se o rio Minho, as ilhas da Boega e dos Amores, a Galiza, vê-se o oceano Atlântico, é um sonho. Os espanhóis ficam encantados”, referiu.
Segundo o autarca, a “estrutura oferece toda a segurança “com cordas de navio que aguentam, cada uma, com 20 mil quilogramas” e, junto ao local, é recomendado o cumprimento das normas imposta pela pandemia de covid-19.
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A rara beleza do lobo-ibérico na neve do Gerês (pela lente de Carlos Pontes)
Biodiversidade

“O inverno é uma das épocas do ano mais difíceis para seguir lobos e as suas condutas”. Quem o afirma é Carlos Pontes, fotógrafo e videógrafo de natureza natural de Ponte da Barca e um dos mais bem informados ‘seguidores’ das alcateias de lobo-ibérico do Parque Nacional Peneda-Gerês.
Desta vez, e pós várias horas de espera, conseguiu vislumbrar três lobos adultos, capturando o momento em fotografia. O colaborador da National Geographic conta que estes lobos, “assim como nós humanos, pelo menos em crianças, recebem com alegria a neve e insistem em aproveitar cada momento”.
“Em algum lugar, longe de pressões e barulhos desagradáveis, dois lobos adultos aproveitam a oportunidade de um sol que se revelou após dias de tempestades, nevoeiros densos e frio extremo”, conta Carlos, sempre “concentrado no cenário”.
“Os bichos mantinham alguma distância entre eles, chegaram a dormir cerca de uma hora em que a única acção que tinham era sacudir a neve e, volta e meia, levantar a cabeça para vigiar a envolvente. Eu esperava acontecimentos e tomava um café quentinho”, relata o profissional.
“Mais tarde e sem pressa, entra em cena um outro lobo, um pouco maior e mais escuro. Aquela silhueta, no alto da encosta, exibia uma pose e imponência que me deixou mais empolgado ainda, pois de imediato se reuniram e começaram a festa. Entre reviravoltas na neve, saltos sem jeito e corridas com escorrega, estes três lobos fizeram delícias como cachorros acabados de se encontrar no parque”, detalha Carlos Pontes.
“Apenas de café tomado, percebi, naquele exato momento, que realmente não sentia nada a não ser uma alegria enorme por todas aquelas imagens que presenciei e pude registar, porque os pés, as mãos e as restantes partes do corpo demoraram a reaparecer e fazerem-se sentir (risos)”, remata.
Quem é Carlos Pontes?
Um apaixonado pela fotografia de fauna selvagem. Natural de Ponte da Barca, desde criança que tem contacto com o Parque Nacional Peneda-Gerês (PNPG), não só com a área inserida em Ponte da Barca mas também em Arcos de Valdevez e Melgaço, zonas com as quais mais se identifica.
Aos 35 anos, é hoje considerado um autor diferenciador dos animais e paisagens do PNPG. Esteve sempre em contacto com serras e animais, enquanto se formou em design e buscou conhecimentos em biologia. Com grande habilidade técnica no mundo da natureza e fotografia, estuda teoria e prática sobre as áreas e espécies que fotografa.
Carlos Pontes em trabalhos junto ao rio Vez. Foto: Luís Fernandes
Venceu alguns prémios em concursos nacionais de fotografia, colaborou com documentários de vida selvagem transmitidos pela televisão portuguesa e colaborou em publicações da National Geographic
Mais recentemente, colaborou como câmara no novo projeto “DEHESA – el bosque del lince” do aclamado produtor e realizador de filmes de natureza, Joaquin Gutierrez Acha.
Esta produção, sobre sobre Portugal e Espanha é da autoria de um dos melhores realizadores da Europa onde só entram dois portugueses: Carlos Pontes e João Cosme.
“Conhecer Carlos Pontes é perceber que o seu ADN é marcado pelas serras e os animais, particularmente o lobo-ibérico (canis lupus signatus)”, diz a biografia que o autor partilhou com O MINHO.
Desde os nove anos que vê lobos em estado selvagem, mas desde os vinte anos que começou a mostrar mais interesse. Os lobos são, hoje, a sua “principal fonte de inspiração”.
‘Set’ improvisado no monte por Carlos Pontes. Foto: Facebook de Carlos Pontes
Através de exposições, Carlos Pontes quer ajudar a valorizar o lobo como “um elemento crucial não só da biodiversidade regional, mas também da identidade cultural e tradição populares”.
“Desmistificar a falsa ideia do lobo mau pode permitir que as entidades governativas da região vejam na sua imagem e no rico património cultural a ele associado no contexto ibérico uma mais valia para o desenvolvimento económico e turístico”, refere o autor.

A Unidade Pastoral Paulo VI decidiu suspender as missas na vila de Melgaço, foi hoje anunciado.
De acordo com uma publicação nas redes sociais efetuada pelos párocos Arcélio Sousa e Carlos Martins, as missas deixam de ter fieis a partir de hoje e durante um período de 15 dias.
Esta medida aplica-se apenas às paróquias daquela unidade pastoral e não às de todo o concelho.
“Face ao aumento de casos Covid-19 no nosso município de Melgaço, a Unidade Pastoral Paulo VI decidiu suspender as celebrações de Eucaristia a partir do dia de hoje, 16 de Janeiro de 2021, num período de 15 dias”, pode ler-se na nota publicada nas redes sociais.
Indicam ainda que os fiéis podem assistir às celebrações “através dos meios de comunicação digitais e celebrar nas vossas Igrejas Domésticas”.
Melgaço somou mais 30 novas infeções entre quarta e sexta-feira, contabilizando atualmente 119 casos ativos e 337 confirmados desde o início da pandemia. Já morreram 14 pessoas e recuperaram 204.
Alto Minho
Águas do Alto Minho regulariza consumos suspensos em 2020 por erros nas faturas
AdAM explicou que irá enviar aos consumidores “uma fatura adicional, de cor amarela, referente ao valor dos consumos não faturados em 2020”

A empresa de gestão das redes de água em baixa e de saneamento Águas do Alto Minho (AdAM) anunciou hoje o início da regularização dos consumos não faturados em 2020, na sequência de erros que afetaram 15 mil consumidores.
Em comunicado hoje enviado à agência Lusa, a AdAM explicou que irá enviar aos consumidores “uma fatura adicional, de cor amarela, referente ao valor dos consumos não faturados em 2020”.
“Esta fatura é enviada na mesma carta da fatura de janeiro de 2021. Ou seja, os clientes receberão duas faturas, uma normal, referente ao período dos últimos 30 dias, e outra, de cor amarela, referente ao valor não faturado em 2020”, especifica a empresa.
A AdAM é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP)e, em 49%, pelos municípios de Arcos de Valdevez (PSD), Caminha (PS), Paredes de Coura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Valença (PSD), Viana do Castelo (PS) e Vila Nova de Cerveira (movimento independente PenCe – Pensar Cerveira), que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.
Três concelhos do distrito – Ponte da Barca (PSD), Monção (PSD) e Melgaço (PS) – reprovaram a constituição daquela parceria.
A faturação foi suspensa em abril, depois de terem sido detetados erros que afetaram 15 mil consumidores, e reiniciada em junho de 2020.
“A AdAM suspendeu a faturação aos seus clientes por um período de 35 a 90 dias, numa média de cerca de dois meses. Esta suspensão teve como objetivo resolver problemas no sistema de faturação e evitar cobranças não devidas”, explica a empresa na nota de imprensa hoje enviada.
A AdAM informa que os consumidores poderão regularizar os consumos “na totalidade, pelos canais de pagamento usuais, ou de forma fracionada, bastando não realizar a liquidação imediata”.
“Valores inferiores a 30 euros serão pagos em seis frações, cobrada nas faturas dos seis meses seguintes e os valores superiores a 30 euros serão pagos em 12 frações, cobradas nas faturas dos 12 meses seguintes”, explica a empresa.
“No caso de débito direto, o fracionamento será automático, com os mesmos critérios, mas não será remetida a fatura pela totalidade às entidades bancárias”, acrescenta.
A empresa adianta que “irá manter em funcionamento as lojas no período de confinamento, reforçar o número de balcões de atendimento e o atendimento telefónico”.
A nova empresa começou a operar em janeiro, “dimensionada para fornecer mais de nove milhões de metros cúbicos de água potável, por ano, e para recolher e tratar mais de seis milhões de metros cúbicos de água residual, por ano, a cerca de 70 mil clientes”.
A constituição da empresa tem sido contestada por vários partidos e pela população de alguns concelhos, que se queixam do aumento “exponencial” das tarifas e do “mau funcionamento dos serviços”.
Em agosto último, a empresa pediu desculpa por nova “incorreção” detetada num “lote” de leituras dos consumos de maio, que afetou as faturas de 495 clientes de seis concelhos da região, garantindo estar a processar notas de crédito.
Nessa altura, numa manifestação convocada através das redes sociais, a população realizou protestos nos sete concelhos integrados na AdAM, junto aos edifícios camarários, exigindo o regresso da gestão de redes de água em baixa e de saneamento às autarquias.
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