O presidente da câmara de Cabeceiras de Basto mostrou-se hoje satisfeito com o avanço no processo de desconfinamento, salientando que o recuo registado na ultima semana “teve principalmente consequências para o comércio”.
Em declarações à Lusa, Francisco Alves adiantou que a “reabertura total” da feira semanal, que esta segunda-feira funcionou apenas com o comércio alimentar, “será discutida na sexta-feira”.
Esta tarde, na conferência de imprensa após a reunião semanal do Conselho de Ministros, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, anunciou que Cabeceiras de Basto – que tinha recuado doa 06 à terceira fase de desconfinamento – vai avançar para a quarta, a par da generalidade do país, depois de recuperarem dos níveis de incidência da covid-19.
No dia 06, Cabeceiras de Basto, no distrito de Braga, registava 240 casos de infeção pelo novo coronavírus por 100 mil habitantes.
“Há uma semana, já sabíamos que íamos recuar, embora os números de incidência em causa fossem dos últimos 15 dias, por isso, também sabíamos que esta semana tínhamos todas as hipóteses de avançar porque a curva do número de infeções estava a diminuir”, explicou o autarca.
Questionado sobre como a população viveu o recuo na abertura, Francisco Alves apontou que houve “descontentamento, como era expectável”.
“Principalmente no comércio, que foi o setor mais afetado com o fecho às 13.00 ao fim de semana e a diminuição das pessoas permitidas por mesa em esplanadas”, referiu.
A feira semanal, que naquele concelho tem lugar às segundas, funcionou esta semana apenas com o setor alimentar: “Vamos amanhã [sexta-feira] reanalisar a situação. Quisemos mandar à população um sinal de preocupação na semana passada mas ao que tudo indica a feira poderá voltar a funcionar na totalidade já na próxima segunda-feira”, adiantou.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.333.603 mortos no mundo, resultantes de mais de 160,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.999 pessoas dos 840.929 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.