Críticas várias à organização. O artista plástico Jélo (Joel Costa), de Braga, expôs uma escultura no concurso de artes plásticas de São José, promovido pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso e que esteve patente na Galeria de exposições do Theatro Club.
O seu trabalho tem características originais, já que se trata de um conjunto de peças de ferro aparentemente sem sentido, que projeta na parede, através de um foco de luz que incide na escultura de ferro, a imagem, a três dimensões, de São José.
Em carta enviada ao Município, o escultor bracarense tece várias críticas à organização e ao modo como a exposição decorreu. Sem pôr em causa os premiados, no caso, o ‘Retábulo de São José’ do pintor Alexandre Reigada e a Menção Honrosa atribuída à pintura intitulada ‘S. José’ de Fernanda Aguiar, Jélo desfia, na missiva a que O MINHO teve acesso, um rol de reparos. Começa por dizer que só soube do dia da abertura, a 18 de julho, através de amigos, pois nada lhe foi comunicado. Acrescenta que, uns dias depois, algumas pessoas que conhecem o seu trabalho foram à Galeria e encontraram a escultura, mas com o projetor desligado, ou seja, sem o efeito da projeção das sombras – a imagem do santo – na parede. Diz que tal sucedeu mais duas vezes, quando lá se deslocou sem que ninguém lhe tenha dado uma satisfação.
As queixas do artista, passam, ainda, pelo facto de lhe ter sido “ocultada” a data da cerimónia da entrega dos prémios, e nada lhe ter sido dito sobre a composição dos três membros do júri. Lamenta, ainda, que não tenham sido afixados na Galeria o nome dos artistas premiados, o que, de resto, acontecia com outras obras de arte, expostas sem o nome do autor. A concluir, critica o facto de não ter sido feito um simples folheto sobre o evento e de a divulgação na comunicação social ter sido parca.
O MINHO contactou a Câmara Municipal mas não conseguiu, até ao momento, uma reação.