Arquidiocese de Braga garante que não haverá mudanças no projeto pedagógico do Colégio D. Diogo de Sousa

Grupo de pais reuniu com a instituição
Foto: Colégio D. Diogo de Sousa

A Arquidiocese de Braga da Igreja Católica garantiu, hoje, aos pais do Colégio D. Diogo de Sousa que “não haverá interferência ou alteração no projeto pedagógico, mas tão somente no modelo organizacional-administrativo”.

Em reunião, o organismo disse aos representantes dos pais e dos encarregados de educação que as alterações ao Regulamento entram em vigor a 06 de janeiro, confirmando, assim, a saída do diretor, padre Cândido Sá, e do administrador, António Araújo, que se haviam demitido.

Os pais, que têm agendada, para este sábado, uma vigília à porta do Colégio vão agora, decidir, por votação num grupo do WhatsApp, se mantêm ou não a iniciativa.

De acordo com o relato de um dos pais ao grupo daquela rede social, a arquidiocese, dirigida pelo arcebispo primaz, José Cordeiro, adiantou que emitirá um comunicado mais esclarecedor em breve, possivelmente no site e publicará o novo regulamento em data oportuna.

Disse, ainda, que a composição dos conselhos e diretoria ainda não está definida, e que, quando estiver, informarão a comunidade escolar, e não deram por “oportuno reunirem-se com todos os pais”.

Caso se decida que a vigília de sábado seja mantida – situação que está a ser avaiada pelo grupo de pais – passaria a ter as seguintes motivações: “insatisfação com a mudança repentina; não se saber quem serão os diretores e composição dos órgãos a partir do dia 06, e não se saber a que regulamento estará submetido o Colégio a partir dessa data”.

Recorde-se que os pais dos alunos do Colégio D. Diogo de Sousa, de Braga, haviam lançado uma petição pública a pedir uma reunião, antes de 05 de janeiro – data de saída dos dois gestores do estabelecimento escolar ao arcebispo primaz, José Cordeiro, “para analisar a reorganização” em curso, que lhes causou “grande surpresa”.

A Arquidiocese havia desmentido, entretanto, em comunicado, ter demitido o diretor, padre Cândido Sá, e o administrador, António Araújo, que gerem o colégio, mas salientou que está em curso um processo de reorganização das suas instituições, entre as quais o estabelecimento de ensino. Na petição, os pais dizem que concordam com os métodos pedagógicos em vigor e manifestam-se “preocupados com o futuro dos filhos”.

O Colégio – recorde-se – tem tido sucesso nos ‘rankings’ nacionais de ensino e os jovens que o frequentam acabam tendo sucesso na universidade e, depois, na vida profissional.

A Arquidiocese é detentora de 80 por cento dos estabelecimentos privados da zona de Braga, sendo o D. Diogo de Sousa um dos símbolos da sua qualidade de ensino.

O Colégio, que usa o número de contribuinte do Seminário Conciliar, e dá um lucro que se calcula chegue aos quatro milhões por ano, beneficia de algumas – nem todas – as isenções fiscais permitidas pela Concordata existente entre o Estado português e a Santa Sé.

 
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