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Ao fim de 23 anos, este pinhal em Valença já dá as primeiras pinhas com sementes

Chamosinhos

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Foto: DR

O secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, visitou ontem o pinhal de Chamosinhos, em Valença, que ao fim de 23 anos depois de ter sido plantado começa a dar as primeiras pinhas com semente, isto numa altura em que existe a falta deste recurso para produzir novas plantas desta espécie autóctone.

Na sua intervenção, João Paulo Catarino destacou a importância desta parceria de mais de vinte anos entre o Centro PINUS, o ICNF e o INIAV: “Estarmos hoje a colher os frutos de um projeto de longo-prazo parece simples, mas exigiu uma grande resiliência e empenho”, disse, reconhecendo a dificuldade de manter projetos de I&D de longo-prazo, necessários para o setor florestal quando o financiamento público é alocado em quadros de financiamento de curto e médio prazo.

Em comunicado, o centro PINUS indica que este pomar, fundado em 2020, reúne os melhores pinheiros de todo o país, incluindo da Mata Nacional de Leiria. É gerido pelo Centro PINUS, uma organização do setor florestal que reúne todos os agentes da fileira do pinheiro-bravo.

“Este é um momento emblemático para o Centro PINUS e de extrema importância para a nossa floresta. Agora, chegou finalmente o momento de recolher as primeiras pinhas com semente e que permitirá rearborizar áreas essenciais para abastecer serrações e muitas empresas da Fileira que contribuem económica e socialmente para a valorização das comunidades rurais e do nosso país”, salientou João Gonçalves, presidente do Centro PINUS.

Explica o centro que a colheita de semente de pinheiro-bravo faz-se, numa altura específica do ano, e apanha-se diretamente na copa das árvores por Escaladores do Centro Nacional de Sementes Florestais do ICNF.

Em duas semanas de trabalho, os escaladores obtiveram duas toneladas de pinha no Pomar de Chamosinhos.

Ainda de acordo com o centro Pinus, este será o segundo pinhal reconhecido oficialmente para produção de semente de elevada qualidade, com a designação legal de “qualificada”, resultando num ganho genético de 21% em diâmetro e 12% em altura de madeira de pinho.

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