O primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, afirmou hoje que está “tranquilo e, naturalmente, expectante” com os resultados das eleições legislativas e apelou ao voto de todos os portugueses nas eleições legislativas para combater a abstenção.
“Estou tranquilo e, naturalmente, expectante. Acho que todos hoje temos curiosidade em saber qual é o resultado final destas eleições”, referiu António Costa aos jornalistas, depois de ter exercido o seu direito de voto na Escola Básica Jorge Barradas, em Benfica, Lisboa.
O primeiro-ministro fez também um apelo a “uma grande participação eleitoral” de todos os cidadãos, esperando que “cada um faça a escolha que, obviamente, deseja fazer”.
“A democracia tem um momento de grande festa, de celebração, que é o momento do ato eleitoral em que cada um tem o seu voto e cada voto pode decidir o nosso futuro”, sublinhou o também secretário-geral socialista, lembrando que houve quem “tivesse lutado muitos anos” para todos poderem “ter a liberdade de poder escolher, ter a liberdade de poder votar”.
Costa referiu que houve “um crescimento muito significativo” do número de eleitores que votaram antecipadamente em mobilidade e também o “enorme aumento” da participação de cidadãos residentes no estrangeiro.
Questionado pelos jornalistas sobre se a campanha eleitoral foi esclarecedora para os portugueses, António Costa referiu que “hoje não é o dia próprio” para falar sobre isso, considerando que no dia das eleições não é o momento para “fazer qualquer tipo de comentário político, de apreciação”.
“Vamos exercer a liberdade, eu já exerci a minha”, finalizou o dirigente socialista, sublinhando a importância de cada eleitor fazer “a escolha da sua livre consciência” porque “cada um dos votos conta, cada um dos votos decide”.
Questionado ainda sobre como vai ocupar o dia antes de seguir para a noite eleitoral, o chefe do Governo confessou que o dia vai ser “um pouco diferente”, uma vez que vai juntamente com a mulher, Fernanda Tadeu, ver os locais que a filha “anda a escolher para casar”.
Mais de 10,8 milhões de eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro são hoje chamados às urnas para escolher a constituição da Assembleia da República na próxima legislatura e de onde sairá o novo Governo.
Esta é a 16.ª vez que os portugueses serão chamados a votar em legislativas, concorrendo a estas eleições um número recorde de forças políticas – 20 partidos e uma coligação – embora apenas 15 se apresentem a todos os círculos eleitorais.
No total, são eleitos 230 deputados numas eleições que, ao longo dos anos, têm vindo a registar um aumento da taxa de abstenção.