O candidato do PS à presidência da Câmara Municipal de Braga visitou, nos últimos dias, vários agrupamentos de escolas da cidade para auscultar os problemas e, assim, compor o seu programa eleitoral.
Esta foi a primeira de várias semanas temáticas que António Braga vai promover ao longo dos próximos meses da campanha, permitindo ao candidato “inteirar-se dos problemas e potencialidades do concelho de Braga”.
“Estes Estados Gerais bracarenses desenrolam-se em simultâneo com a redação do programa eleitoral, que está a ser preparado com o contributo e auscultação das forças vivas da comunidade bracarense”, nota a candidatura “Somos Braga”, em comunicado enviado às redações.
O roteiro iniciou-se na Escola Secundária Carlos Amarante, que recebeu a primeira visita do candidato.
Foi num cenário que assinala os 500 anos de Luís de Camões, destacando a sua vertente de ensino das Artes da Carlos Amarante, que António Braga assumiu a “vontade de enquadrar parcerias entre os estabelecimentos escolares e a autarquia, no sentido de caminhar para o aprofundamento da autonomia real e confiar nas escolas para que possam gerir os seus projetos educativos”.
O candidato acentuou a necessidade de “dar a conhecer o concelho de Braga e reforçar a formação cívica e as conquistas da Democracia, de que a Escola Carlos Amarante é um bom exemplo através da dinamização do debate e projetos de educação informal virado à participação pública”.
O socialista visitou também o agrupamento de Escolas de Mosteiro e Cávado, com 1.030 alunos oriundos de oito escolas. A receção da diretora serviu para “destacar a aposta no ensino da música e a forma como este impacta positivamente as notas dos estudantes”. António Braga inteirou-se do sucesso deste projeto educativo, ainda que com “condições limitadas ao nível dos espaços disponíveis”.
Novas centralidades
Na mesma nota, o partido refere que estes Estados Gerais de Braga permitiram a tomada de conhecimento dos constrangimentos de mobilidade derivados da concentração das escolas secundárias em “demasia” dentro do espaço urbano de Braga, concluindo pela necessidade de novas centralidades escolares em Braga.
Uma das reivindicações auscultadas, na visita ao Lar Ana Maria Javonhey, em Nogueiró, deu conta da proposta de criar um novo agrupamento escolar em espaços abandonados, como é o caso da antiga Escola Luís de Castro, para servir a densa área populacional do Vale do Este.
“Para Este vale estavam previstas — há mais de uma década — cinco escolas e não tem nada — rematou João Tinoco, em visita à IPSS ASCREDNO que se dedica à terceira Idade e Infância com valências de SAD, Centro de Dia, Jardim de Infância, e Lar de Idosos”, refere a nota.
Este caminho de auscultação do PS para as autárquicas, passou pela Escola Secundária Alberto Sampaio onde, António Braga assumiu o compromisso para “constituir um Conselho Consultivo e Operativo que reúna todas as Escolas”.
António Braga comprometeu à “criação de um Welcome Pack que divulga todos os serviços ou monumentos e permite um encontro de culturas, aos estudantes que procuram Braga, em articulação entre a Câmara Municipal e as Escolas”. Com quatro mil alunos, esta Escola disponibiliza a maior oferta de ensino do português para adultos do país, em período pós-laboral.
Foi no Agrupamento Sá de Miranda que António Braga ouviu falar da dificuldade de deslocação das crianças e adolescentes da periferia para o centro da cidade de Braga e os acessos aos bens culturais. O PS tem propostas para “atenuar esta dificuldade e alimentar o sentimento de pertença a Braga das crianças da periferia rural”.
A comitiva do PS visitou à Escola Secundária D. Maria II e à baila vieram os temas como a “segurança à porta da escola, a necessidade da expansão do parque escolar e a pobreza envergonhada que afeta famílias”. António Braga contactou, ainda, com o novo projeto do Agrupamento de Escolas D. Maria II, – a Oficina da Comunicação, com vista à promoção social e plena integração.
A semana temática sobre a Educação, encerrou na Escola Francisco Sanches, tendo-se destacado o número de alunos acima da capacidade ideal da escola, exigindo um esforço acrescido da comunidade educativa para “manter a qualidade e o bem-estar escolar”. A biblioteca é um dos seus espaços de “referência”, acrescendo a Sala do Silêncio, um espaço de recolhimento e tranquilidade.
