ARTIGO DE AMÍLCAR RODRIGUES
Gin Party Soundsystem (GPSS), DJ Rufia Terno.
No ano em que a organização do NEOPOP decidiu lançar uma petição para elevar Viana do Castelo a capital do Techno (http://www.allfortechno.org), não só como proposta legítima, mas também como (mais uma brilhante) manobra de marketing, o festival apresenta-se com um cartaz mais forte do que nunca onde não falta até um dia completamente gratuito para que todos possam participar nesta comunhão entre a cidade e o festival.
Esta quarta-feira, dia 8, e de forma gratuita, dá-se a estreia de ST GERMAIN, nome artístico de Ludovic Navarre, em formato live, por terras lusas. O músico francês, com mais de 20 anos de carreira, caracteriza-se pelo aliar das sonoridades house a paisagens mais jazzísticas, transformando-se assim as suas canções em algo que se pode catalogar como nu jazz. Actua das 22h30 à meia-noite e o senhor que se segue depois é um seu compatriota, Ivan Smagghe, já um velho conhecido, e um dos grandes impulsionadores do movimento electroclash no final dos anos 90.
Para além dos supracitados, que actuam no palco principal, vulgo Neo Stage, há também propostas para ver e ouvir no palco secundário, Anti Stage, como é o caso dos Freshkitos, dupla de DJs constituída por dois membros da organização, Magazino, Tiago Fragateiro ou Frank Maurel.
Quinta-feira, dia 9, o destaque maior vai para Ben Klock, que encerrará o dia já bem perto das 10h da manhã. Residente da discoteca Berghain, em Berlim, e há muitos anos na vanguarda da cena techno, precisará mesmo de muito poucas apresentações, ele que é um habituée no festival vianense.
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Antes, destaque para Recondite, Adriatique, Dexter, Solomun — acalmar um pouquinho as bpms, pelas 20h — e DOPPLEREFFEKT, em formato live. Depois de em 2015 ter passado pelo festival Semibreve, que acontece no Theatro Circo, em Braga, Gerald Donald, também metade do projecto Drexciya, traz novamente o seu projecto DOPPLEREFFEKT ao Minho. Com aproximações à estética, quer visual, quer musical, dos Kraftwerk (que passaram pelo festival na edição anterior), este projecto, ao vivo em dupla, mascarada, frente a frente em palco só com sintetizadores, não deixará ninguém indiferente à sua actuação na Anti Stage. O concerto acontece às 23h.
No dia 10, sexta-feira, é introduzido também o Teatro Sá de Miranda à programação. Neste, com o patrocínio da Red Bull, poderá assistir-se, a partir das 23h, à actuação de Clark, a apresentar o espectáculo “Death Peak”. Lançado em 2017, com selo Warp, Death Peak transformou-se num dos mais emblemáticos discos do músico britânico.
Dentro do recinto, Joseph Caprati, Ruuar, Ricardo Villalobos e o Rei Jeff Mills, este a partir das 3 da manhã, mostrarão todo o poder que o techno tem para oferecer.
No sábado, 11, último dia do certame, destaque para James Holden, desta vez a experimentar um palco que até agora não tinha pisado no NEO POP, no Teatro Sá de Miranda, a partir das 21h. Nina Kraviz, na Neo Stage, a partir das 2h30, Josh Wink, no mesmo palco, às 5h30 e Marco Carola, das 9h às 12, são apenas os principais nomes de uma noite que, como se pode verificar, terminar bem durante o dia.
Ainda há bilhetes diários e passes gerais disponíveis, custando, respectivamente, 60€ e 120€.