Anexo da casa de Ronaldo no Gerês vai abaixo e ‘praia privada’ da família Névoa gera revolta

Construções ilegais

O anexo e um campo de ténis da casa de Cristiano Ronaldo no Gerês serão demolidos por intimação camarária, adiantou Manuel Tibo, presidente da Câmara de Terras de Bouro, em declarações ao programa Sexta às Nove, da RTP.

Como já tinha dito a O MINHO, em abril, o autarca explicou que Ronaldo edificou a vivenda legalmente, embora alguns acrescentos ao projeto inicial tenham sido feitos sem licença da Câmara, tendo sido legalizados mais tarde.

Agora, ao Sexta às Nove, o autarca revela que já foi instruído o processo “para demolir a parte do anexo e campo de ténis”.

Segundo a investigação da estação pública, apesar de ter sido amplamente noticiado que Ronaldo vendeu a casa de luxo ao colega Pepe, atualmente o capitão da Seleção Nacional e atleta do Manchester United continua a ser o proprietário.

Filho de Domingos Névoa com casa ilegal

Noutro caso de moradias de luxo construídas ilegalmente está envolvido Bruno Névoa, filho do empresário Domingos Névoa.

A casa foi construída à revelia da Câmara que embargou a obra. Embargo que não foi cumprido. Segundo Manuel Tibo, Bruno Névoa – que está acusado de violação das regras urbanísticas e falsificação de documento – “instruiu um processo para ver se era possível legalizar” a obra, tendo a Câmara solicitado pareceres a diversas entidades, todos eles negativos.

“O município está para se pronunciar por um despacho final e vai manter o indeferimento. Estamos a tramitar o processo jurídico-legal”, adianta o autarca, reconhecendo que terá que ser reposta a legalidade. Isto é: a demolição.

‘Praia privada’

A população local também está indignada com o facto de Bruno Névoa ter tapado com um portão um acesso público à Albufeira da Caniçada, passando, assim, a usufruir de uma ‘praia privada’.

Cinquenta moradores assinaram um abaixo-assinado que foi entregue na Câmara. Manuel Tibo confirma ter conhecimento das queixas, mas não se pronuncia, para já, sobre a legalidade ou não do muro.

“Não vou dizer se é público ou não é público porque não tenho esse conhecimento”, realça, concluindo que “o processo será tramitado”.

31 arguidos

Como O MINHO noticiou em abril, no total são 31 os acusados pelo Ministério Público (MP) de Braga em dois processos relacionados com construções ilegais em Terras de Bouro e Vieira do Minho.

Entre os arguidos, além dos proprietários das construções ilegais, na sua maioria moradias, algumas de luxo e com piscinas, estão também presidentes de junta de freguesia e técnicos das câmaras municipais de Terras de Bouro e de Vieira do Minho.

Em causa estão crimes de violação de regras urbanísticas, de falsificação ou contrafação de documento, crimes de abuso de poder e crimes de prevaricação de titular de cargo político.

 
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