Ambulâncias paradas em Braga e Viana devido à greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar

Exigem medidas para tornar a carreira mais atrativa
Foto: Paulo Jorge Magalhães / O MINHO / Arquivo

A greve ao trabalho suplementar dos técnicos de emergência pré-hospitalar já levou, esta terça-feira, à paragem de duas ambulâncias do INEM em Braga e Viana do Castelo.

Em Braga, além de uma ambulância também a mota do INEM esteve parada.

“A adesão em Braga é de 100% e em Viana há de andar muito próximo”, adiantou a O MINHO Rui Lázaro, presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH).

Os técnicos de emergência pré-hospitalar iniciaram esta terça-feira uma greve ao trabalho suplementar, por tempo indeterminado, a exigir medidas para tornar a carreira mais atrativa, como forma de combater a taxa de 30% de abandono da profissão.

“O principal problema da carreira prende-se com a elevada taxa de abandono e ausência de candidatos aos concursos”, adiantou à Lusa o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH).

Segundo Rui Lázaro, o número de técnicos de emergência pré-hospitalar no INEM “tem vindo a reduzir-se significativamente ao longo dos últimos anos”, apesar das contratações feitas, o que “prova uma elevada taxa de abandono superior a 30%”.

“A forma de combater isso é tornar a carreira mais atrativa, revendo imediatamente o índice remuneratório, que está próximo do salário mínimo nacional”, adiantou o dirigente sindical, ao prever uma “adesão grande” à greve que se iniciou às 00:00 de hoje.

De acordo com o pré-aviso, a paralisação abrange todos os técnicos de emergência pré-hospitalar do INEM e inclui todos os eventos programados que o instituto se proponha a assegurar, “para lá daquilo que é a sua atividade normal e legalmente exigível”.

Uma vez que a greve se refere a trabalho suplementar, a estrutura sindical não apresentou qualquer proposta de serviços mínimos por “não serem devidos”, já que “todo o trabalho em horário normal urgente e emergente continuará a ser garantido em todos os turnos”.

O sindicato assegurou ainda que as “ocorrências multivítimas e catástrofes naturais ou outras que possam vir a ocorrer” não estão abrangidas por esta paralisação, adiantando que, para essas situações, “os trabalhadores estarão sempre disponíveis para acorrer às necessidades que se imponham e prestarão o trabalho suplementar que se mostrar necessário”.

 
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