O município de Amares aderiu, esta quinta-feira, à Águas do Norte, o que permite resolver o “cancro ambiental” que a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Ombra representava para o concelho, explicou o autarca amarense.
Segundo Manuel Moreira, o contrato assinado esta quinta permite que Amares adira ao sistema multimunicipal de recolha de efluentes de águas residuais, depois de resolvido o impasse que opunha a autarquia à antiga Águas do Noroeste.
A Águas do Noroeste exigia o pagamento de mais de 600 mil euros em virtude de uma dívida acumulada desde 2011 que teria por base um contrato assinado a 27 de novembro de 2006.
“Amares era o único município que não era acionista da Águas do Norte, por opção política que não contesto, mas estávamos a ser constantemente ameaçados, até pela União Europeia, uma vez que a ETAR de Ombra estava a descarregar no Cávado”, explicou o autarca.
O referido contrato permitiu desativar a ETAR de Ombra resolvendo assim um “grave problema ambiental” no rio Cávado.
“Era uma ETAR muito perto das populações, muito junto ao rio, que estava ali a criar um cancro ambiental”, defendeu o autarca.
Segundo Manuel Moreira, Amares não havia ainda aderido ao sistema multimunicipal de recolha de efluentes de águas residuais por “opção política”, que, disse, “não contestar” mas que era agora “imprescindível” aderir a Águas do Norte.
O acordo prevê que venham a ser investidos em infraestruturas de água e saneamento “cerca de 8 ME até 2020 e, salientou o autarca, “permite que Amares concorra agora a fundos comunitários que até agora não podia por existirem queixas ambientais junto da União Europeia”.
Para aderir à Águas do Norte, constituída a 29 de maio de 2015 em substituição da extinta Águas do Noroeste, Amares avançou com 109.500 euros para realização do capital social e irá receber, de forma fracionada ao longo de dois anos, o valor das infraestruturas municipais que passarão para a empresa no valor de 699.920 euros.