O Tribunal de Braga pediu às partes que indiquem como intervenientes no processo os filhos dos empresários Domingos Névoa e Manuel Rodrigues, por entender que estes participaram nas negociações para a divisão da Bragaparques, empresa de que ambos são sócios.
Assim sendo, e ao que O MINHO apurou, ficou ainda sem data, mantendo-se na fase de audiência prévia, o julgamento de uma ação cível, na qual o empresário local Domingos Névoa, discute com o ainda sócio Manuel Rodrigues, o direito à posse da firma de estacionamentos, Bragaparques, de forma a evitar o julgamento.
Domingos Névoa, através da empresa Neureifen, interpôs uma “ação de execução específica” no Tribunal ao seu ainda sócio para ficar com a totalidade das ações por 65 milhões de euros. E pede, nos termos de uma cláusula penal constante do Acordo de Princípios assinado em 2018, 13,1 milhões de indemnização. Em resposta, Manuel Rodrigues disse que “não reconhece nenhum fundamento à ação”.
O litígio prende-se com o acordo de separação amigável rubricado pelos dois, e respetivas mulheres, para a separação das 20 sociedades e outros ativos imobiliários, mediante o qual ficaria com a empresa aquele que apresentasse a proposta mais alta em carta fechada.
O acordo funcionou, entre outras, para as sociedades Rodrigues & Névoa, do imobiliário, que ficou para Rodrigues, e para a Carclasse, do comércio automóvel, que passou para Névoa.
Rodrigues ofereceu 102,5 milhões
A Bragaparques ficou para o fim, tendo Rodrigues oferecido 102,5 milhões pela outra metade e Névoa 65. Em dezembro de 2018, na data da escritura, Névoa recusou-se a assinar, alegando que pendiam sobre a Bragaparques três ações judiciais interpostas pelo grupo DST por causa de uma firma de águas e resíduos, a Geswater, que estava na posse da Bragaparques.
Em 2019, e resolvida a questão das ‘águas’, os dois não chegaram a acordo sobre o pagamento, ambos dizendo que o outro não cumpriu os prazos.