O Ministério Público de Guimarães atribuiu a um homem de Celorico de Basto o homicídio do próprio pai a golpes de navalha “para vingar comportamentos passados”, anunciou hoje a Procuradoria Regional do Porto.
Segundo a Procuradoria, que cita a acusação do Ministério Público (MP) de Guimarães, o arguido recorreu à navalha para matar o pai, na casa deste, depois de falhar uma tentativa de o asfixiar com um corda.
“Após troca breve mas exaltada de palavras, logrou passar-lhe uma corda em volta do pescoço e apertar”, descreve a acusação.
Como a corda rebentou e a vítima “fez menção de reagir”, o arguido “sacou de uma navalha, abriu-a e com a mesma golpeou o seu pai por várias vezes, com tudo lhe causando a morte”, acrescenta.
Os factos da acusação ocorreram em 05 de setembro de 2019, entre as 22:00 e as 22:30, em Canedo de Basto, uma localidade do concelho de Celorico de Basto.
O arguido está acusado pela autoria de homicídio qualificado.
O processo tem um segundo arguido, amigo do alegado homicida, por cumplicidade na prática do crime.
“Este amigo aceitou ajudá-lo, acompanhando-o à residência da vítima, ficando no exterior a vigiar e para acudir, se necessário fosse”, conta o MP.
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O alegado autor material do homicídio, de 28 anos, foi detido em janeiro deste ano após regressar de um país europeu para onde fugira, informou nessa ocasião a Polícia Judiciária (PJ) de Braga.
Referindo-se ao crime, a PJ referiu, num comunicado então emitido, que o presumível autor atuou “num quadro de grande violência, motivado por sentimentos de raiva e vingança” contra o pai, de 54 anos.
Já a Procuradoria do Porto, numa alusão às motivações do alegado homicida, afirma apenas que agiu “para se vingar por comportamentos passados” da vítima.