Um homem é suspeito de ter assaltado a casa da sua própria mãe, em Celeirós, Braga, de onde terá furtado um envelope com 330 euros, sendo um dos cinco toxicodependentes que serão julgados por furtos, no valor total de 45 mil euros, em Braga.
O suspeito, de 30 anos, solteiro, acaba de ser acusado por no dia 12 de maio de 2023, ter entrado na residência familiar, onde já não vive, conseguindo entrar usando uma escada, para aceder diretamente ao quarto da mãe, de onde terá furtado o dinheiro.
A quadrilha foi acusada de furtar cerca de 45 mil euros, valor total do dinheiro e dos artigos de vários assaltos, todos cometidos no concelho de Braga, sendo o móbil dos crimes arranjar meios para comprar droga, porque todos consumiam estupefacientes.
Segundo a acusação pública, os furtos terão começado já no mês de setembro de 2022, porque, não tendo meios normais de subsistência, todos os arguidos, dependentes de drogas duras, heroína e cocaína, furtariam objetos para sustentar a toxicomania.
Assaltou o vizinho
O grupo de suspeitos, todos naturais e residentes em Braga, será julgado em breve por um Tribunal Coletivo, no Palácio da Justiça de Braga, acusado de crimes de furto qualificado, sendo conhecidos por Pardal, “Poeiras”, Pinheiro, Quintas e Rolando.
Um dos acusados é suspeito de ter assaltado o próprio vizinho, de nacionalidade estrangeira, na Rua Manuel da Silva Gomes, da freguesia de Ferreiros, em Braga, por escalamento do muro da residência, furtando 1.700 euros dentro do carro do locatário.
Numa outra ocasião terão levado artigos, no valor de cerca de 450 euros, dentro de um talho, situado na Praceta do Campo de Futebol, da freguesia de Aveleda, em Braga, segundo a acusação do Ministério Público, com base em investigações policiais.
Um outro assalto terá sido cometido numa churrasqueira da freguesia de Lamas, em Braga, perto da Estrada Nacional 309 (no troço entre Braga e Famalicão), de onde furtaram 140 euros, em notas e em moedas, que estavam dentro de um pequeno cofre.
Entretanto, em outra data, terão levado 20 euros, do interior de um salão de cabeleireiro, localizado num salão de cabeleireiro, da Avenida Santana do Vimieiro, para o que estroncaram metade do canhão da fechadura da porta principal do estabelecimento.
Igualmente na freguesia do Vimieiro, mas na Avenida do Trezeste, terão furtado avultados materiais de construção de dentro de duas obras de moradias em construção, avaliados em cinco mil euros numa obra e em dois mil euros na outra obra ao lado.
Um outro assalto cuja autoria o Ministério Público imputa ao grupo foi cometida na Rua do Pinheiro do Bicho, da freguesia de Figueiredo, em Braga, tendo sido furtadas duas máquinas de brindes, num valor de mais de 120 euros, após estroncamento.
Entre o rol de assaltos há também os casos de um estabelecimento na Rua do Pinheiro, em Sequeira, Braga, tal como um salão de estética, em Tenões, Braga, onde foi cometido o furto de mais valor, de objetos e equipamentos ascendendo a 33.450 euros.
Mas foi um assalto praticado em Nogueira, Braga, que constituiu o princípio do fim da atividade atribuída ao grupo, quando a PSP de Braga apanhou, em flagrante delito, dois dos cinco arguidos, após furto num salão de cabeleireiros, tendo sido detidos.
Dois dos cinco suspeitos chegaram a estar inicialmente em prisão preventiva, mas passaram a internamento em comunidades terapêuticas, em Braga, prevendo-se que assim continuem até ao início do julgamento, na Instância Central Criminal de Braga.
O Ministério Público de Braga pretende que agora os cinco arguidos paguem ao Estado, em conjunto, todo o valor do produto dos furtos, cuja autoria lhes imputa, de quem foram as vítimas seis cidadãos, três mulheres e três homens, residentes em Braga.
Entretanto, os advogados João Ferreira Araújo e Reinaldo Veloso Martins, que defendem os cinco arguidos, questionados por O MINHO, recusaram-se prestar qualquer declaração acerca das acusações aos seus clientes, reservando-se para o julgamento.