Os investidores interessados na concessão do Forte da Ínsua, em Caminha, podem apresentar propostas até 06 de novembro de acordo com o concurso público hoje lançado ao abrigo programa Revive, informou a secretaria de Estado do Turismo.
Em comunicado, a secretaria de Estado do turismo adiantou que o Forte da Ínsua “será concessionado durante 50 anos, para exploração para fins turísticos”.
“O Forte da Ínsua é uma imóvel único, que testemunhou vários séculos da história de Portugal. Dar-lhe novamente vida através do Revive é uma forma de voltar a ter um uso que lhe permitirá sem dúvida ser mais um atrativo ímpar para o posicionamento internacional de Portugal”, informou a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, citada naquela nota.
O Forte da Ínsua “é uma fortificação marítima abaluartada, com planta estrelada irregular, cuja construção inicial remonta a 1392, por ordem do rei D. João I. Possui no seu interior um convento, de origem franciscana, erigido na mesma altura, tendo sido ampliado e restaurado nos séculos seguintes”.
“O Forte assumiu a forma atual, com cinco baluartes e revelim, durante a remodelação que ocorreu entre 1649 e 1652, que coincidiu com o período da Guerra da Restauração. Desde 1834, ano de extinção das ordens religiosas, que o Forte da Ínsua foi apenas ocupado pelo Exército, tendo o seu último governador sido nomeado em 1909”, especifica a nota.
Localizado num ilhéu, a Ínsua de Santo Isidro, na foz do Rio Minho, junto à fronteira com Espanha, a acessibilidade ao Forte faz-se através de barco.
“No seu interior conta com um poço de água doce, algo raro – só existem outros dois poços de água doce no mar em todo o mundo”, acrescenta a nota.
O Forte da Ínsua “é um dos 33 imóveis inscritos no Revive, um programa conjunto dos ministérios da Economia, Cultura e Finanças com a colaboração das autarquias locais”.
Pretende-se com este programa “valorizar e recuperar o património sem uso, reforçar a atratividade dos destinos regionais e o desenvolvimento de várias regiões do país”, sendo que 12 destes imóveis estão localizados em territórios do interior”.
Em julho, o Governo lançou a segunda edição do Revive, com 15 novos imóveis, sete dos quais no interior.
O concurso público para a concessão do Forte da Ínsua “é o décimo oitavo lançado no âmbito do Revive”. Além deste, “atualmente estão abertos os concursos para a concessão do Mosteiro de Lorvão, em Penacova, e do Castelo de Vila Nova de Cerveira, no Alto Minho.