ABB desiste de ação em tribunal e residência universitária em Braga pode avançar

Financiamento estava em risco devido a atraso
Abb desiste de ação em tribunal e residência universitária em braga pode avançar
Antiga fábrica Confiança, em Braga. Foto: Sérgio Freitas / CM Braga

A construtora ABB – Alexandre Barbosa Borges desistiu da ação que tinha interposto em tribunal em agosto contestando a adjudicação da transformação da antiga fábrica Confiança numa residência universitária, em Braga, disse hoje o autarca local.

Segundo Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, a obra pode agora avançar “de imediato”, prevendo-se que possa estar concluída em inícios de 2006.

“É uma excelente notícia para Braga”, apontou, lembrando que o processo estava suspenso por ordem do tribunal e que se a questão se arrastasse poderia estar em causa o financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Em 27 de maio deste ano, o executivo camarário aprovou, com a abstenção do PS e da CDU, a adjudicação por 25,5 milhões de euros da empreitada para a construção de uma residência universitária, com mais de 700 camas, na antiga fábrica de sabonetes Confiança.

No entanto, a construtora Alexandre Barbosa Borges (ABB) impugnou a adjudicação junto do Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) do Porto, com efeito suspensivo automático, alegando a violação do princípio da igualdade.

A fábrica Confiança foi inaugurada em 1921, tendo produzido perfumes e sabonetes até 2005.

Em 2012, foi adquirida pela Câmara de Braga, então presidida pelo socialista Mesquita Machado, por 3,6 milhões de euros.

Chegou a ser aberto um concurso de ideias para o edifício, mas em 2013 a câmara mudou de mãos e em setembro de 2018 a nova maioria PSD/CDS-PP votou pela venda, alegando que, por falta de fundos disponíveis para a reabilitação, o edifício se apresentava em “estado de degradação visível e progressiva”.

A câmara promoveu duas hastas públicas para tentar alienar o imóvel, pelo preço base de 3,6 milhões de euros, mas não apareceu nenhum interessado.

Por isso, a câmara optou pela transformação do edifício em residência universitária, aproveitando os fundos do PRR.

 
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