Em Portugal, 118 incêndios florestais (1,1% de um total de cerca de 17 mil fogos) foram responsáveis pela destruição de quase 390 mil hectares, correspondentes a 93% da área total ardida este ano, segundo revelou esta semana um estudioso do fenómeno.
O professor António Bento Gonçalves, da Universidade do Minho, que falava em Braga na apresentação da nova licenciatura em proteção civil, explicou “ser assim um número muito reduzido de incêndios os responsáveis da esmagadora maioria da área ardida em Portugal”.
Segundo aquele académico, “isto só demonstra a eficácia dos nossos bombeiros, mesmo neste ano, que foi absolutamente anómalo, porque os bombeiros são eficazes, só que é impossível conseguir controlar todos os incêndios, sobretudo nas condições se tivemos em junho e outubro deste ano que foram de facto anómalas”.
A nova licenciatura em proteção civil e gestão do território da Universidade do Minho, foi apresentada pelo professor António Vieira, já aprovada pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, tendo sido “destacando o seu caráter multidisciplinar”, envolvendo sete escolas/institutos da academia (Ciências Sociais, Engenharia, Ciências, Direito, Psicologia, Enfermagem e Educação).