A Câmara Municipal de Guimarães apresentou o “Papa-Chicletes” e o “EcoPontas”, duas novas estruturas de mobiliário urbano que pretendem contribuir para a redução de chicletes e pontas de cigarro atiradas para o chão, dois dos resíduos mais encontrados nas praças e ruas da cidade. O processo de reciclagem a que serão submetidos, posteriormente, permitirá a sua conversão e valorização científica, transformando-os em novos produtos disponíveis para a comunidade, desde a formação de novos plásticos ou de papel, passando pela energia ou agricultura.
O “Papa-Chicletes”, com um design arrojado e atrativo, por recurso à impressão 3D, pretende incentivar, principalmente o público mais jovem, a colocar ali as pastilhas elásticas usadas. O EcoPontas, igualmente com uma imagem apelativa, terá no topo da sua estrutura a realização periódica de inquéritos sobre temas da atualidade, cujas respostas serão quantificadas através da introdução de pontas de cigarros, numa medida que pretende incentivar a população a depositá-las no recipiente em detrimento do pavimento, onde se encontra 37% deste tipo de lixo atirado para o chão.
Nos próximos dias, decorrerá a instalação destes equipamentos, que ficarão situados, numa primeira fase, em nove locais públicos, nomeadamente, Centro Histórico, Paço dos Duques de Bragança, Largo do Toural, Universidade do Minho, Plataforma das Artes e Laboratório da Paisagem. O Papa-Chicletes ficará também instalado em três escolas secundárias do centro da cidade: Martins Sarmento, Francisco de Holanda e Santos Simões.
“Estão aqui duas soluções criativas e inovadoras que serão implementadas com sucesso”, considerou Domingos Bragança, presidente do Município, realçando as “competências profissionais e emocionais” dos responsáveis dos projetos, que resulta do seu “forte envolvimento”.
Amadeu Portilha, vice-presidente da autarquia, com competências delegadas na área do Ambiente, destacou o “entusiasmo da equipa de trabalho”, enquanto Carlos Ribeiro, director do Laboratório da Paisagem, partilhou o compromisso apresentado aos vimaranenses de construir uma “cidade e um concelho mais verde”.
O investigador do Laboratório da Paisagem, Nuno Silva, autor dos “projectos inovadores”, disse que “a germinação desta ideia irá sensibilizar a comunidade para a problemática das chicletes e das pontas de cigarro que poluem o chão e que degradam o património”.
“Estou certo que vamos ser bem-sucedidos. Quando queremos, conseguimos!”, concluiu Domingos Bragança, reforçando a importância da sensibilização social para a educação ambiental.