Os trabalhadores dos Transportes Urbanos de Braga (TUB) exigem que a administração da empresa aumente os salários, contrate motoristas, suba o subsídio de alimentação e que as horas extras voltem a ser pagas a 200%.
São reivindicações que estão a ser negociadas entre o sindicato e a administração para a formalização de um acordo de empresa. À margem do sindicato, foi colocada à entrada da empresa uma tarja – entretanto retirada – a exigir a demissão da administração. Nuno Braga, dirigente sindical dos trabalhadores da TUB, prefere seguir com a via negocial.
“Ainda estamos a negociar, a ver se gente consegue concluir o acordo de empresa para valorizar os trabalhos”, afirmou Nuno Braga.
O MINHO tentou, desde terça-feira, contactar Teotónio dos Santos para obter uma reação, mas o administrador da TUB não se mostrou disponível.
Os trabalhadores exigem que a administração aplique um aumento salarial “digno” e que se “consiga ver”. Aumento que é mais urgente devido à inflação que tem “aumentado muito” e o aumento registado este ano (0,9%) é “muito curto”. Os trabalhadores estão a lutar “para que não tenham de trabalhar tantas horas para ter um ordenado digno”.
Para além dos salários, os trabalhadores exigem o aumento do subsídio de alimentação, que atualmente é de 4,77 euros. “Neste momento é mais um subsídio de pequeno almoço”, critica o sindicalista. Reforçou ainda a importância de ser reposto o pagamento a 200% das horas extras, direito que foi cortado durante o período de intervenção da troika.
Os trabalhadores exigem ainda a contratação de mais motoristas. “Neste momento há trabalhadores a laborar nas folgas há dois e três meses, são meses e meses seguidos a trabalhar uma folga todas as semanas. Isso não pode acontecer”, afincou.
De acordo com o dirigente sindical, “o pessoal vai para baixa [médica] porque está cansado”. “Tem havido falta de mão de obra na nossa empresa, com muitas baixas. Faz falta e é obrigatório a contratação de novos trabalhadores (…) Têm saído alguns trabalhadores porque os salários começam a ser insuficientes para o custo de vida”, disse.
Entretanto, a empresa já confirmou a este sindicato que vai contratar dez novos funcionários para se juntarem ao universo da empresa composto por cerca de 360 trabalhadores – 240 destes são motoristas de autocarros.