A Fonte das Águas Férreas, situada na Avenida Robert Smith, freguesia de Fraião em Braga, mesmo atrás do hipermercado Continente, está quase seca, deitando apenas um pequeno fio de água.
A Fonte é local habitual de recolha do precioso liquído devido às suas características minerais e pureza, mas hoje, no local estava apenas uma pessoa a encher garrafões de cinco litros, o que leva mais de meia hora: “venho aqui muitas vezes e nunca tinha visto isto assim”, disse a O MINHO uma mulher que ali estava pacientemente.
Ao local ia acorrendo outros bracarenses, mas todos eles saíam depressa admirados com o parco fio que saía da bica: “Não sei se é a Agere que controla isto, mas talvez aplicando aqui uma torneira isto se mantivesse porque a ´gua ficava retida”, alvitrou a cidadã.
A água é considerada mineral, hipo-termal, com altos teores de ferro. Utilizada para síndromes de carência de ferro.
A este propósito o administrador da AGERE, (a empresa municipal de água, saneamento e resíduos) disse a O MINHO que a firma nada tem a ver com a fonte, que está a cargo da Junta de Freguesia de Fraião.
“Ao que parece, acontece o mesmo numa fonte existente na Falperra e que também é muito procurada devido à qualidade da água”, adiantou, vincando que a colocação de uma torneira não resolvia o problema porque, como não está canalizada, iria sair por outro lado.
Inicialmente, a Fonte estava noutro local, a cerca de 150 metros, mas foi recolocada em 1997 no atual, depois de reabilitada, devido à construção daquela grande superfície.
A água que jorra da fonte dava, outrora, origem a um pequeno riacho que foi canalizado aquando da construção da via de Lamaçães e do hipermercado.
Recentemente, e como a água se infiltrou numa via que dá acesso à outra Variante – a que contorna a cidade – junto a um edifício redondo, a Câmara viu-se obrigada a investir 500 mil euros, já que a pequena ligação rodoviária ameaçava ruir.
A Fonte foi uma das primeiras obras do arquiteto Carlos Amarante, e está datada de 1773.