Os Estados Unidos mataram o líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, depois de uma operação antiterrorista “bem-sucedida” durante o fim de semana no Afeganistão, segundo a Casa Branca e os ‘media’ norte-americanos.
Um alto funcionário do governo norte-americano revelou aos jornalistas que decorreu no fim de semana uma “operação antiterrorista contra um grande alvo da Al-Qaeda” no Afeganistão.
Segundo os ‘media’ norte-americanos, o alvo foi o líder da Al-Qaeda Ayman al-Zawahiri.
O FBI já atualizou a sua base de dados, indicando que o terrorista mais procurado do mundo foi encontrado e está morto. De acordo com o portal daquele organismo norte-americano, consultado por O MINHO, a recompensa por informações que levassem à descoberta do paradeiro do terrorista ia até 25 milhões de dólares.
Zawahiiri trabalhou como médico pediatra (que lhe valeu a alcunha de “o doutor”), mas foi com uma ‘fatwa’ (manifesto religioso) que fez carreira, depois de ter lançado, em 1997, conjuntamente com Osama Bin Laden, o manifesto “Frente Islâmica Mundial contra Judeus e Cruzados”. Foi nesse mesmo ano que organizou o primeiro atentado terrorista de grande escala, na sua terra natal, Cairo, matando mais de 60 turistas estrangeiros. O tribunal condenou-o à morte, mas nunca foi julgado.
Era, desde 2011, o terrorista mais procurado do mundo, depois da morte de Osama Bin Laden, de quem era o ‘braço direito’. Estava indiciado por matar cidadãos americanos no estrangeiro, planear o assassinato de cidadãos americanos no estrangeiro e por ataques a instalações governamentais dos EUA.
A mulher e os três filhos de Al-Zawahiri foram mortos por um ataque norte-americano em dezembro de 2001, dois meses depois dos atentados da Al-Qaeda em Nova Iorque que destruíram as ‘torres gémeas’.
Natural do Egito, fundou a jihad egípcia e fundiu-a com a Al Qaeda de Bin Laden, fortalecendo aquela organização terrorista ao ponto de ser considerada pelos Estados Unidos, depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, como principal inimigo, levando à guerra com o Afeganistão, pais de quem os EUA eram, anteriormente, aliados na luta contra a União Soviética, e à segunda guerra do Iraque.