O candidato do PS à Câmara de Famalicão defende que o serviço urbano de transporte público rodoviário conhecido por “Voltas” seja “replicado noutras zonas do concelho”. No seu entendimento, é um “serviço útil para as pessoas de mais baixos rendimentos e não é justo que abranja apenas a cidade”.
Eduardo Oliveira, que no último fim de semana participou na apresentação de mais seis candidatos a presidentes de junta de freguesia do seu partido, diz, citado em comunicado, que este é o “momento apropriado” para o executivo municipal alargar às “freguesias mais populosas e com ligações ao comboio por perto” a concessão daquele serviço de transporte público, que nos últimos cinco anos se tem circunscrito à cidade.
Se o contrato de concessão foi recentemente revogado, sustenta, por manifesto desinteresse do operador que vinha assegurando o serviço, a Câmara tem aqui “a oportunidade de fazer um balanço da experiência e de olhar para outras realidades, como a zona poente do concelho”.
A eletrificação da linha do Minho e a aquisição de novas automotoras elétricas para circular na linha de Guimarães, acrescentou o também líder da Concelhia do PS Famalicão, “abrem novas oportunidades de mobilidade aos famalicenses de Fradelos, Ribeirão, Lousado, Esmeriz e Cabeçudos, por exemplo. E a Câmara, para facilitar a vida aos munícipes e em nome da sustentabilidade ambiental, deve criar condições para retirar os automóveis das estradas e incrementar o recurso aos transportes públicos, sobretudo, como é o caso, se contribuírem para a descida da pegada carbónica da nossa comunidade”.
O candidato socialista defende que a autarquia deve privilegiar, no próximo contrato de concessão do “Voltas”, o operador que “incorporar maior percentagem de autocarros elétricos na sua frota”, como forma de “avançarmos para a total eletrificação dos autocarros alocados a serviços total ou parcialmente pagos com dinheiros municipais, como os transportes escolares, até 2030, em linha com a agenda de Paris”.
Segundo Eduardo Oliveira, uma segunda linha do “Voltas” baseada em Lousado deveria ter horários combinados com os comboios para Famalicão e para o Porto, assim como os dos estabelecimentos de ensino secundário e superior da sede do concelho e de Braga e do Porto, por forma a “ter uma utilização economicamente sustentável” para o concessionário.
De igual modo, ajuntou, deverá servir para facilitar as deslocações das populações que trabalham e vivem na zona, o acesso aos serviços da rede de cuidados de saúde primários e ao hospital de Famalicão e “predispor às compras no comércio tradicional”.
O candidato referiu-se à mobilidade e aos transportes públicos amigos do ambiente em todas as intervenções públicas que fez no último fim de semana. Em causa está um dos cinco pilares em que assentará o programa eleitoral do PS, disse para as largas dezenas de pessoas que o ouviram nas sessões de apresentação dos candidatos do seu partido às juntas de freguesia de Landim, Pousada de Saramagos e Louro e às uniões de freguesias de Carreira e Bente, Gondifelos, Cavalões e Outiz e Arnoso Santa Maria, Arnoso Santa Eulália e Sezures.
Os famalicenses precisam, realçou, de transportes públicos fiáveis, de mais rotas, para uma cobertura maior do território, de horários mais frequentes e de itinerários ajustados às necessidades de quem tem no transporte coletivo a “única alternativa de mobilidade”.
Chamou ainda a atenção para a necessidade de, no quadro pandémico atual, o “transporte público dedicado ao serviço escolar conciliar comodidade e segurança para as nossas crianças”. Só dessa forma, acrescentou, “merecerá a confiança dos pais”.