O presidente da Câmara de Cerveira e diretor do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Rio Minho, Fernando Nogueira, mostrou-se, esta segunda-feira, indignado com as medidas restritivas que Espanha implementou, a partir de hoje, para os portugueses que entrem no país, nomeadamente ter um teste negativo à covid-19 ou certificado de vacinação.
“Fomos surpreendidos por esta informação, e é lamentável tomar conhecimento da notícia pelos jornais, com todo o respeito que a comunicação social nos merece. O que deveria ser um assunto sério, está a ser tratado como mais uma trapalhada”, critica o autarca.
“Parece-nos uma medida despropositada, inoportuna e muito mal-esclarecida, e que mais uma vez prejudica gravemente a já débil economia das regiões transfronteiriças, e as relações sociais nestes territórios de fronteira”, acrescenta Fernando Nogueira.
Como O MINHO noticiou, a partir desta segunda-feira, quem viajar de Portugal para Espanha por via terrestre tem de mostrar um teste negativo à covid-19 para poder entrar no país vizinho.
“A partir de 07 de junho todas as pessoas com mais de seis anos que cruzem a fronteira terrestre entre Portugal devem dispor de alguma das certificações sanitárias exigidas a todos os passageiros que entrem em Espanha por via aérea e marítima”, lê-se na página oficial do Consulado de Espanha em Portugal.
As novas regras são semelhantes ao que acontece para as pessoas que viajam de avião ou por via marítima.
Quem atravessar a fronteira terá de ter certificado de vacinação contra a covid-19 ou de recuperação da doença, ou um teste de diagnóstico feito nas 48 horas anteriores à chegada, com resultado negativo. Os testes poderão ser PCR ou os testes antigénio, incluídos na lista de testes rápidos aprovados pela União Europeia.
Embora as fronteiras estejam abertas, as autoridades espanholas avisam que têm controlos móveis perto da fronteira e as multas são da ordem dos três mil euros em caso de incumprimento de alguma destas normas sanitárias.
Ficam excecionados os camionistas internacionais, trabalhadores transfronteiriços e residentes nas zonas de fronteiras, num raio de 30 quilómetros.
Portugal está agora incluído na “lista de países ou áreas de risco” de Espanha, segundo a página do Consulado. Se entretanto a situação mudar, a informação ficará disponível na mesma página.
A medida é só exigida pelas autoridades espanholas. Quem vier do país vizinho para Portugal não terá de apresentar qualquer teste negativo ou comprovativo de vacinação.