O Governo classificou como “tesouro nacional” as seis pirogas monóxilas provenientes de recolha arqueológica subaquática realizada no rio Lima, em Viana do Castelo.
O presidente da autarquia vianense, José Maria Costa, congratulou-se com a classificação e sublinhou que este é um “valioso património que é agora classificado”.
“As seis pirogas monóxilas, encontradas no rio Lima, têm enorme valor histórico, artístico e científico, para além de reconhecer o modo como o mar e os rios influenciam a identidade cultural nacional e local e o posicionamento estratégico de Viana do Castelo”, salienta o autarca citado numa nota do município.
As pirogas monóxilas são embarcações feitas a partir de um tronco de árvore, escavado para o efeito, e são conhecidas, na Europa, desde o período neolítico.
No concelho de Viana do Castelo, mais propriamente, no leito do rio Lima, foram encontradas seis pirogas monóxilas que assumem grande importância para a comunidade científica, sobretudo ao nível da arqueologia subaquática, quer portuguesa, quer internacional.
As pirogas encontram-se numeradas de 1 a 6, de acordo com a sequência em que foram encontradas, provêm sobretudo do Lugar da Passagem (na altura, freguesia de Moreira de Geraz do Lima), Lugar da Passagem (Lanheses) e Mazarefes, e datam dos séculos IV/III a.C. (Idade do Ferro), dos séculos VIII/IX (Período da Reconquista) e século XI (Idade Média).