O homem, de 65 anos, que atingiu a tiro a ex-companheira em Guimarães, em 20 de agosto do ano passado, está acusado de um crime de homicídio qualificado agravado na forma tentada, de um crime de violência doméstica agravado e de um crime de detenção de arma proibida.
Em despacho de 20 de fevereiro, o Ministério Público (MP) concluiu ter que o arguido, no decorrer do relacionamento que manteve com a sua companheira durante 23 anos, residindo em Urgezes, Guimarães, a insultou várias vezes, acusou-a de ter um amante e ameaçou que lhe batia.
Situações que motivaram que esta apresentasse queixa por violência doméstica no dia em 18 de julho do ano passado, terminasse o relacionamento que mantinha com ele e o mandasse sair de casa.
Segundo o MP, nesse mesmo de julho, o arguido acabou efetivamente por sair de casa, mas dizendo à sua ex-companheira que “aquilo não ia ficar assim e que ela logo veria o que ele ia fazer”.
Passado pouco tempo, confidenciou a um filho que iria fazer a ex-companheira “pagar pelo que fez e que para tal iria tratar de arranjar uma arma”.
E então, no dia 20 de agosto, ao início da manhã, o arguido abordou a ex-companheira em Urgezes, quando esta se dirigia para o trabalho acompanhada de uma das filhas de ambos, exigindo-lhe um fio de ouro.
Quando esta lhe disse que não tinha fio nenhum, sacou de uma pistola de calibre 6,35mm do casaco, municiada com três balas, apontou-lha à zona da barriga e disparou, só não a atingindo aí mas na coxa por ter aquela filha desviado o seu braço.
A acusação relata que a ex-companheira e a filha se esconderam atrás de um muro de pedra enquanto o arguido efetuava mais dois disparos.
O arguido está em prisão preventiva.