A Estrada Nacional (EN) 101 vai ter um radar de controlo de velocidade fixo. O anúncio foi feito na sexta-feira através de um comunicado do Ministério da Administração Interna (MAI), após aprovação de Conselho de Ministros.
Em documento enviado às redações, o MAI dá conta de um aumento de 60 para 110 no número de radares fixos, da responsabilidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
A nota apenas dá conta de sete localizações que vai receber os novos equipamentos, entre elas a EN 101, em Vila Verde, não especificando, no entanto, em que quilómetro da via será implementado o radar.
Para além do Minho, radares vão ser instalados na EN5 em Palmela, EN10 em Vila Franca de Xira, EN106 em Penafiel, EN109 em Bom Sucesso, IC19 em Sintra e IC8 na Sertã.
“Os novos radares introduzirão em Portugal o controle de velocidade média entre dois pontos, e a capacidade para medir, em simultâneo, a velocidade de vários veículos, mesmo nos casos em que estes circulam lado a lado ou a uma distância inadequada entre si”, escreve o MAI.
O investimento global estimado é de 8,5 milhões de euros, não só para a instalação dos novos aparelhos mas também para manutenção e operação de todo o sistema SINCRO.
Segundo o MAI, a seleção dos locais de instalação dos novos radares #teve como pressuposto, entre outros fatores, o nível de sinistralidade aí existente e em que a velocidade excessiva se revelou uma das causas para essa sinistralidade”.
Nos primeiros 6 meses de 2020 foram fiscalizados 55.320.244 veículos, mais de 300 mil por dia, o que correspondeu a um aumento de 29%, face a período homólogo de 2019 (42.842.087).
“Esse crescimento deveu-se, essencialmente, ao aumento da fiscalização efetuado pelo SINCRO – Sistema Nacional de Controlo de Velocidade da responsabilidade da ANSR, que entrou em funcionamento em 2016”, refere o MAI.
“Os locais que são controlados por radares do SINCRO além de, em termos globais, terem um efeito dissuasor sobre o incumprimento dos limites de velocidade e sobre a sinistralidade, têm tido também a nível local, na zona de influência de cada radar, um efeito na diminuição da sinistralidade”, aponta a mesma nota.
Com 4 anos de funcionamento, os locais onde foram instalados os radares deste sistema registaram, face a igual período anterior à entrada em funcionamento do sistema, uma redução em todos os indicadores de sinistralidade: menos 29% de acidentes com vítimas, menos 82% de vítimas mortais, menos 57% de feridos graves e menos 26% de feridos leves.