A Associação Cidadãos de Esposende denuncia um “possível atentado ambiental” na zona ribeirinha de Esposende, apontando o dedo à “falta de limpeza” e “à acumulação de objetos em áreas destinadas ao estacionamento, sendo alguns dos objetos arcas frigoríficas”.
Fonte da Câmara explicou a O MINHO que, devido à realização de obras, o espaço público em questão está temporariamente cedido à Docapesca, que ficou responsável pela gestão e limpeza do mesmo até ao final da intervenção.
Em comunicado, a Associação Cidadãos de Esposende expressa “preocupação com o estado de degradação da zona ribeirinha do concelho, falando mesmo de um possível atentado ambiental”, acrescentado que reportou a situação ao presidente da Câmara, Benjamim Pereira.
Considerando “lastimoso o estado em que se encontra um dos locais mais procurados por quem visita Esposende”, a Associação destaca “uma falta de limpeza generalizada em toda a zona sul, e a acumulação de objetos em áreas destinadas ao estacionamento, sendo alguns dos objetos arcas frigoríficas”.
A Associação diz não compreender “que em 2020 estejam frigoríficos em plena zona de passagem, mais ainda quando esses objetos são equipados com compressores ou sistema de circulação de gás que podem libertar contaminantes do ambiente como os CFC — químicos sintéticos denominados clorofluorocarbonetos”.
Acrescenta que “pretende entender se a zona sul, que em agosto de 2007 foi alvo de um arranjo urbanístico, é hoje um espaço para depósitos ou uma zona turística, não sendo possível coabitar ambas”.
Portanto, a Associação considera que é “urgente limpar toda a zona, retirar de imediato todos os objetos perigosos e estabelecer que espaços são usados pelos profissionais da pesca e que locais são para uso desportivo ou de lazer”.
Espaço público cedido temporariamente à Docapesca
Naquele local, há um espaço público, que consiste em parque de estacionamento e parque com aparelhos de desporto, que confronta com a zona onde está a doca e os armazéns dos pescadores, que é da Docapesca.
Fonte da Câmara de Esposende esclareceu que, “por força das obras que decorrem na doca de pesca de Esposende, o Município de Esposende cedeu, à Docapesca, temporariamente, o espaço público delimitado pelo parque de estacionamento, para aí serem colocados contentores, onde os pescadores guardariam os seus bens”.
“O parque de estacionamento foi vedado e instalados ali contentores que foram cedidos aos pescadores”, acrescenta a fonte, referindo que “foi definida uma data para os pescadores regressarem ao espaço intervencionado, libertando o parque de estacionamento”.
“Conforme ficou acordado desde o início, a Docapesca comprometeu-se a entregar o espaço devidamente limpo, processo que está a decorrer, até à conclusão da obra”, conclui a fonte.