Embora o vírus Covid-19 esteja na ordem do dia no que toca à saúde pública, um surto de sarampo, com dois focos, está a preocupar as autoridades de saúde na Galiza, havendo a confirmação de 16 pessoas infetadas e vários casos em análise.
Segundo o jornal A Voz da Galiza, este é “o maior surto de sarampo das últimas décadas” na região vizinha do Minho.
Esta sexta-feira, estavam confirmados dez casos em Pontevedra e seis em Ferrol.
“São dois focos, mas com origem no mesmo surto”, adiantou a Consellería de Sanidad, que já lançou alertas a pediatras para que estejam atentos a esta vaga que surgiu em janeiro mas só foi detetada a meio de fevereiro.
De acordo com autoridades de saúde, o início do surto está apontado a uma criança romena que estava de passagem em Pontevedra e não estava vacinada.
A partir de um alerta de saúde pública, foi possível perceber que a origem não estava na menina, mas sim no pai, um homem romeno de 33 anos.
Terá ido a um médico em Pontevedra, no início de janeiro, já com marcas vermelhas no corpo, mas não foi feito qualquer teste ao sarampo. Assim, o homem continuou livremente o seu dia-a-dia, disseminando o vírus na região.
Segundo dados do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Enfermidades, foram detetados 1.706 casos de contágio de sarampo só em 2019, na Roménia.
A 17 de janeiro foi dado o primeiro alerta público na área de saúde de Pontevedra, mas já foi tarde. “Não foi possível atingir o objetivo”, referem as autoridades, uma vez que “surgiram três novos casos”.
De facto, só a 05 de fevereiro foi diagnosticado sarampo ao homem, percebendo-se que terá sido ele a contagiar também a menina e ainda outra pessoa, um homem de 40 anos que trabalhava num mercado perto de Pontevedra.
Em 11 de fevereiro, o surto passava a ter outro foco, a cidade de Ferrol, com o primeiro caso de sarampo a ser registado numa menina de 13 anos, também de nacionalidade romena, sem quaisquer vacinação contra esta doença. Foi concluído que esta menina estava relacionada com os casos de Pontevedra.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, morreram cerca de 110 mil pessoas em todo o mundo no ano de 2017, vítimas de sarampo.
De acordo com a mesma fonte, um infetada com o vírus do sarampo pode infetar até 18 pessoas.