Na sequência dos episódios de violação de dados e escândalos de privacidade, grandes interrupções de TI e a introdução de regras de proteção de dados mais rígidas na União Europeia e noutros países, o risco cibernético é atualmente uma preocupação central para as empresas em 2019 e nos anos que se seguem.
De acordo com o Barómetro de Risco Allianz 2019, os incidentes cibernéticos (37% das respostas) são equiparáveis à interrupção de negócios (37% das respostas), como os principais riscos de negócio a nível global. A
As alterações climáticas (8.º lugar com 13% das respostas) e a falta de mão-de-obra qualificada (10.º lugar com 9% das respostas) estão entre os fatores que mais progrediram a nível mundial.
Ao mesmo tempo, as empresas estão mais preocupadas, de ano para ano, com as alterações na legislação e regulamentação (4.º lugar com 27% das respostas), o que resulta em impactos como Brexit, conflitos comerciais e taxas.
O estudo anual sobre riscos globais de negócios da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) inclui as opiniões de 2.415 especialistas de 86 países, incluindo CEOs, gestores de risco, corretores e especialistas em seguros.
“As empresas precisam de planear uma grande variedade de cenários e estímulos disruptivos, já que é aí que a sua grande exposição se encontra na atual sociedade em rede”, refere Chris Fischer Hirs, CEO da AGCS.
“Os riscos disruptivos podem ser físicos, como incêndios ou tempestades, ou virtuais, como uma interrupção de TI, que pode ocorrer por meios maliciosos e acidentais. Estes podem derivar das suas próprias operações, mas também de fornecedores, clientes ou prestadores de serviços de TI da empresa. Seja qual for a causa, a perda financeira para as empresas após uma paralisação pode ser enorme. As novas soluções de gestão de risco, ferramentas analíticas e parcerias inovadoras podem ajudar a compreender melhor e a mitigar a infinidade moderna de riscos e evitar perdas antes que estes ocorram.”
Top 10 de Principais Riscos em Portugal
A interrupção de negócios (39% das respostas) incluindo a suspensão de cadeias de fornecimento é o principal risco apontado pelos 29 especialistas portugueses, seguido pelos incidentes cibernéticos, como violação de dados e falhas de TI (36% das respostas), catástrofes naturais (33% das respostas), evolução do mercado (31% das respostas), alterações na legislação e regulamentação, evolução macroeconómica e novas tecnologias (18% das respostas), alterações climáticas, incêndios e explosões e retirada de produtos, gestão de qualidade e defeitos em série (15% das respostas).