António Ambrósio, investigador italiano a trabalhar no Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), com sede em Braga, é um dos quatro investigadores, três dos quais a trabalhar em Portugal, que constam da lista de 291 vencedores do concurso de Bolsas de Consolidação de 2018, e vão receber mais de 8 milhões de euros, anunciou hoje o Conselho Europeu de Investigação.
O investigador do INL foi selecionado com o projeto METAmorphoses, a desenvolver no INL, e irá receber 2,7 milhões de euros para produzir materiais novos, capazes de se auto-organizarem e auto-reconfigurarem, para aplicação futura em realidade virtual e realidade aumentada, segundo escreve o jornal “Diário de Notícias” na sua edição online.
As bolsas de dois milhões de euros, para cinco anos, às quais podem ser acrescidos de mais 750 mil, são atribuídas “a investigadores de excelência com sete a 12 anos de experiência”, como é o caso de António Ambrósio, investigador que, nos últimos anos, tem desenvolvido o seu trabalho no Laboratory for Integrated Science and Engineering (LISE), em Harvard, uma das mais prestigiadas universidades do mundo, localizada na cidade de Cambridge, estado de Massachusetts, nos Estados Unidos.
A-FRO, de Marta Moita (Fundação Champalimaud), VINCULUM, de Maria de Lurdes Rosa (Universidade Nova de Lisboa) e ProteoNE_dynamics, de Pedro Carvalho (Universidade de Oxford, Reino Unido) foram os outros três projetos de investigadores portugueses escolhidos pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC).
Os investigadores nacionais, que foram selecionados entre 2.389 candidatos, vão receber cerca de 8,3 milhões de euros, de um total de 573 milhões.
“É com grande entusiasmo que tenho visto os mais recentes resultados dos investigadores portugueses. Estes quatro investigadores agora premiados são mais uma prova da qualidade dos cientistas portugueses fazem, tanto no seu país como no estrangeiro, a competir ao mais alto nível”, disse o comissário europeu Carlos Moedas.
O responsável pelo programa de Investigação e Inovação da União Europeia, o Horizonte 2020, considerou ainda que estas bolsas são incentivos à investigação de excelência na Europa e permitem aos investigadores europeus correr riscos e desenvolver as suas ideias.
“Ao todo são 40 nacionalidades diferentes em 22 países europeus, o que demonstra a diversidade e qualidade da investigação fundamental na Europa”, destacou.
Estas bolsas premeiam investigadores, de qualquer idade ou nacionalidade, com sete a doze anos de experiência após o doutoramento e em todas as áreas científicas.
A investigação em questão tem de ser conduzida numa instituição pública ou privada num dos Estados-Membros da União Europeia ou num dos países associados. O financiamento (numa média de 2 milhões de euros por bolsa) é atribuído ao longo de até cinco anos e cobre a contratação de membros das equipas de investigação.
O concurso para a próxima ronda de financiamento das Bolsas de Consolidação do Conselho Europeu de Investigação termina a 07 de fevereiro de 2019.