A concelhia de Braga da Juventude Social Democrata vai por nas ruas, nos próximos dias, uma campanha de distribuição de 4 mil panfletos que representam a ‘fatura’ relativa à construção do Estádio Municipal, “deixada pelo Partido Socialista”, que diz ser de 992,93 euros, por munícipe.
A iniciativa surge no seguimento da notificação enviada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga (TAFB) à autarquia liderada por Ricardo Rio (PSD/CDS/PPM) para que sejam pagos 4 milhões de euros à ASSOC – Soares da Costa e Associados, por “trabalhos a mais”, num prazo de 20 dias, decisão final e sem possibilidade de recurso.
De acordo com a JSD, “o caso das faturas milionárias e fora de horas, relativas às obras de construção do Estádio Municipal, já excedeu, há muito, todos os limites do aceitável. É um imperativo denunciar, alertar e consciencializar para a dimensão e a gravidade gigantescas desta situação. Estas faturas têm o nome, a cara e a assinatura do Partido Socialista. Não nos podemos – nem devemos! – calar, limitando-nos a pagar. E não vamos fazê-lo”.
Nas palavras de João Alcaide, presidente daquela estrutura partidária, “é fundamental recordar que, já no ano passado, no âmbito de uma ação datada de 2003, o TAFB condenou a Câmara Municipal a pagar ao consórcio ASSOC – Obras Públicas, Ace mais 6 milhões de euros, por trabalhos a mais na obra do Estádio Municipal de Braga e não pagos pela Câmara”.
“Além disso – como se toda esta novela mais do que lamentável já não bastasse –, encontra-se, ainda, a decorrer uma outra ação contra o Município, na qual são reclamados mais 10 milhões de euros, por razões de natureza idêntica”, lamenta Alcaide. E acrescenta: “As dívidas referentes à obra do Estádio Municipal sugam, anualmente, 7,5 milhões de euros aos cofres camarários. Esta catástrofe financeira, no total, já ascende aos 180 milhões de euros. São rombos e mais rombos nas finanças da Câmara Municipal, no que diz respeito a uma obra concluída há aproximadamente 15 anos”.
“No valor das dívidas, é sempre a somar; nos bolsos dos Bracarenses, é sempre a subtrair. Já não há adjetivos para qualificar esta situação”, remata o líder da estrutura dos jovens sociais-democratas.
O MINHO tem acompanhado muito de perto toda a situação, estando todas as notícias que foram publicadas sobre o assunto disponíveis através desta ligação.