Batia, ameaçava e insultava a mulher e os dois filhos. Um homem de Palmeira de Faro, Esposende, foi, esta sexta-feira, condenado pelo Tribunal de Braga a cinco anos de prisão, suspensos por igual período, por crimes de violência doméstica, detenção de arma proibida e condução em estado de embriaguez. Mas fica com pulseira eletrónica, para se determinar que cumpre a medida que lhe foi decretada, a de não se aproximar, até 300 metros, da casa e do emprego da ex-mulher. Sob pena de ir para a cadeia.
O casal contraíra matrimónio em 1997, e dele saíram dois filhos, um casal. A partir de março de 2017, o arguido começou a chegar a casa embriagado, insultando e ameaçando a companheira, mesmo diante da filha. Chamava-lhe puta e ameaçava-a de que “ia levar”, tendo mesmo começado por lhe dar um murro num braço. Agrediu, também, a própria filha e, noutra situação, foi o filho mais velho que impediu os atos violentos. As ameaças foram subindo de tom, e com recurso a um bastão, no qual colocou pregos. Em julho e face ao clima violento, a mulher abandonou a casa e foi viver, com os filhos, para a dos pais.
Mas nem aí, foi deixada em paz… Quando regressou, o agora ex-marido disse-lhe que ia “fazer como o Pedro Dias que matou aquela gente toda” E que a “ia matar! Entretanto, a GNR, que tinha sido chamada a casa pelas vítimas, encontrou um bastão debaixo da cama, um punhal e um outro bastão no carro do agressor.
Proíbido, então, pelo Tribunal de ir a casa da mulher, decidiu não cumprir: começou por esvaziar os pneus do carro da vítima, e foi mesmo à residência, tentando entrar pela janela da cozinha. Mas a chegada da Guarda obrigou-o a fugir. Face ao seu comportamento desobediente, e como medida preventiva, o Tribunal decretou-lhe em dezembro de 2017 a medida de prisão preventiva. De onde saiu agora.