A lista de candidatos à Comissão Política Federativa do PS de Braga, liderada pelo militante Jorge Faria, que foi impedida de ir a votos no último Congresso Distrital, vai recorrer para a Comissão de Jurisdição Nacional do partido, se a de Jurisdição Distrital não se pronunciar, até segunda-feira sobre o pedido de impugnação do Congresso.
Fonte próxima da candidatura de Jorge Faria adiantou a O MINHO que a Comissão de Jurisdição Distrital ultrapassou já o prazo previsto nos estatutos do partido para se pronunciar.
Conforme O MINHO noticiou, a lista de Jorge Faria impugnou “todos os atos do Congresso, mormente a nulidade da eleição dos membros dos novos órgãos Federativos da Federação de Braga”. E acusa o líder da Federação, Joaquim Barreto, de “prepotência e de práticas anti-democráticas”.
“Havendo duas listas a sufrágio dos 400 delegados presentes, para nosso espanto, num ato de prepotência e de poder absoluto, a Mesa e o presidente da Federação, argumentando que a lista em que participo e subscrevo lhe faltava um suplente, tudo fez para evitar que fosse votada pelos congressistas”, explica Jorge Faria, em comunicado.
Acrescenta que, a Mesa do Congresso se recusou a aceitar a lista, por esta ter apenas 36 membros como suplentes, quando deviam ser 37: “a Mesa que recebe as candidaturas deve obrigatoriamente pronunciar-se sobre a aceitação das mesmas e conceder um prazo para que as listas possam suprir quaisquer irregularidades detectadas”, sublinha, citando o Regulamento.
Entre os apoiantes da lista estava o ex-presidente da Câmara de Guimarães, António Magalhães.
Apropriação abusiva
Face às queixas da lista de Jorge Faria, a Distrital do PS, liderada por Joaquim Barreto explicou, em comunicado, que, “no período de entrega das candidaturas aos órgãos dirigentes, foi apresentada uma lista de candidatos com irregularidades processuais e ferida, politiicamente, de legitimidade democrática, por apropriação indevida e abusiva da moção global “Fortalecer o partido, afirmar o Distrito”, visto que, a maioria das pessoas que integravam essa lista, não tem qualquer identidade de pensamento ou de ação, ou até, são contra os princípios programáticos da referida moção”.
E acrescenta: “A Mesa, apesar de considerar essas situações anómalas, pediu um parecer à Comissão Organizadora do Congresso, que se pronunciou, também, pela sua não- aceitação. Contudo, a Mesa entendeu que os delegados, democraticamente, deviam, também, ser ouvidos, colocando a aceitação da lista à consideração dos congressistas, tendo 302 delegados votado contra a sua admissão, 28 a favor e 10 optado pela abstenção”.