Viseu, Braga, Santarém e Castelo Branco são os distritos que vão ter mais parques de madeira queimada criados por empresas do setor, disse a associação que representa estas indústrias.
Dos 25 parques aprovados na candidatura do consórcio de 14 empresas do setor, 17 são ampliações de estruturas existentes e oito são parques criados de raiz, sendo que a maioria (16) são para armazenar madeira de serração (com diâmetro superior a 20 centímetros), havendo seis para madeira de trituração (abaixo dos 20 centímetros) e três mistos, disse a Associação das Indústrias da Madeira e do Mobiliário de Portugal (AIMMP), em resposta à agência Lusa.
Viseu (cinco), Braga (quatro) Santarém (quatro) e Castelo Branco (quatro) são os distritos com mais parques ampliados ou criados pelo consórcio de empresas, no âmbito das medidas de apoio do Governo para o armazenamento da madeira queimada.
A AIMMP refere que também são abrangidos os distritos de Setúbal (dois), Leiria (três), Aveiro (um), Coimbra (um) e Porto (um).
Os concelhos onde vão ser criados ou ampliados parques pelo consórcio das empresas são Celorico de Basto, Palmela, Mangualde, Ourém, Figueiró dos Vinhos, Mealhada, Salvaterra de Magos, Arganil, Castro Daire, Póvoa de Varzim, Pombal, Guimarães e Oliveira de Frades.
No consórcio, estão empresas de serração, de ‘pellets’ e de fabrico de paletes, entre outras.
Apesar da maioria dos espaços serem para madeira de serração, está previsto um armazenamento superior de madeira de trituração: 569 mil toneladas contra 427 mil toneladas de madeira com diâmetro superior a 20 centímetros.
Os parques, esclareceu a AIMMP, vão ter capacidade para 996 mil toneladas de madeira queimada, registando-se uma área de armazenamento de cerca de 49 hectares.
Segundo informações dadas à agência Lusa pela associação, “cerca de 58% dos parques serão criados/ampliados no pressuposto de que o período de armazenamento será de nove meses e os restantes consideram prazos superiores”.
Nos parques de madeira de trituração, apenas 33% preveem um armazenamento de três meses, “nos restantes é consideravelmente superior”.
De acordo com a AIMMP, 56% dos parques são secos e 44% regados.
No sábado, o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, referiu que foram aprovados 26 parques na primeira fase de candidaturas.
Vinte e cinco estão associados à candidatura do consórcio de 14 empresas do setor.
A AIMMP disse à agência Lusa que se encontra uma outra candidatura em finalização, que contempla três empresas e cinco parques, a serem criados nos concelhos de Leiria, Marinha Grande e Pombal.
Na segunda-feira, o presidente da associação, Vítor Poças, alertou que o setor prevê gastar 35 milhões de euros na compra de madeira queimada, mas que a linha de crédito disponibilizada pelo Governo é de apenas cinco milhões de euros.
“A linha de crédito é insuficiente. Está muito abaixo daquilo que é necessário para as empresas investirem na compra de madeira a armazenar nos parques”, notou Vítor Poças, apelando a um alargamento da linha de financiamento.
Para além da linha de crédito, o Governo dá um apoio na compra (caso seja feita obedecendo a preços estipulados pela tutela) e ‘a posteriori’, em função da madeira armazenada e do tipo de madeira.