Declarações após o jogo SC Braga-FC Porto (0-1), da 34.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no sábado, Estádio Municipal de Braga:
– Rui Duarte (treinador do SC Braga): “Não diria que é um resultado injusto, devido às incidências do jogo. Defrontar o FC Porto já é difícil 11 contra 11, quanto mais com 10 desde muito cedo.
O FC Porto criou mais oportunidades, teve mais bola, e nós tivemos de nos adaptar ao que o jogo pediu. Fomos organizados, esforçados, e mantivemos o resultado em aberto até fim.
Ainda antes do golo [do FC Porto] já estávamos a acrescentar jogadores para criar mais chances e para chegar à vitória, o único resultado que nos interessava.
Este era um jogo que podia ser bonito e diferente, mas fica manchado por algumas decisões que são muito duvidosas, para não dizer outra coisa. Mas tenho imenso orgulho nos meus jogadores. Se precisássemos de apenas um ponto, tínhamos conseguido o terceiro lugar.
Fica um amargo e uma frustração, porque lutámos muito para chegar ao último jogo com possibilidade de ficar em terceiro lugar, e aos 12 minutos ficámos quase impedidos de lutar por ele.
A expulsão [de Víctor Gómez] é ridícula, são decisões que não se entendem. Mesmo no lance do jogo [o golo], há uma falta clara sobre o João Moutinho. Acho que o jogo ficou estragado, já ia ser uma bela encomenda, e de facto foi difícil.
Se a época tivesse a começar agora, e com este espírito de equipa que criámos, íamos fazer coisas muito interessantes.
[Sobre o futuro] Não é tempo de falar nisso, ainda estou a ‘ferver’ com o jogo. Acho que deixei uma boa imagem, de competência, de trabalho e de energia que criámos com os jogadores. Tenho a convicção de que irei voltar”.– Sérgio Conceição (treinador do FC Porto): “Não estamos felizes porque não queríamos acabar em terceiro lugar. Sabíamos que era um jogo difícil, frente a um Sporting de Braga que faz parte das quatro melhores equipas em Portugal.
Entrámos bem no jogo, mas após a expulsão não estivemos tão bem. A circulação de bola não foi rápida para explorar a superioridade numérica, mas a equipa percebeu o que tinha de fazer para criar mais dificuldade.
Retificámos ao intervalo e no segundo tempo criámos muitas situações para ter um outro resultado se tivéssemos sido eficazes. Esta falta de eficácia foi um pouco o espelho da nossa época.
Vitória justa da nossa parte, mas não era este o lugar final que pretendíamos. Acabou o campeonato, parabéns ao Sporting, que foi um justo campeão. Agora, temos de olhar para o próximo jogo, para mais uma final, em que queremos arrecadar um título [na final da Taça de Portugal, com o Sporting].
Os jogos são todos diferentes, e o que levo deste [para a final da Taça] são algumas situações que os jogadores fizeram de acordo com o plano, e que vão tentando cumprir. Será um jogo diferente, frente a um adversário diferente. Vamos ter agora tempo para o preparar, de forma diferente, porque a história desse jogo vai ditar outras coisas.
[Sobre o que correu mal esta época] Não é tempo de balanços, vamos fazê-lo na próxima semana. Falhámos em algumas situações, e falhámos todos. Não se pode olhar apenas para um plantel de jogadores jovens. Temos de olhar para tudo. E não é o momento de o fazer. [Presença ou ausência de Pinto da Costa no banco de suplentes na final da Taça] Não tem de ser um fator motivacional. Se não estiver [no banco] não mexe em nada na preparação do jogo. A motivação tem de ser defendermos um grande clube”.