Guimarães: Farfetch volta a perder milhões em três meses

Já são conhecidas as contas para o primeiro trimestre na empresa Farfetch, que tem transferido as operações em Portugal para a unidade de Guimarães, apontando um prejuízo de 93 milhões de dólares (cerca de 85 milhões de euros à taxa de câmbio atual).

Os resultados foram anunciados pelos novos donos do unicórnio português, o grupo Coupang, da Coreia do Sul, revelado ainda que, até 31 de março e desde o início do ano, a empresa conseguiu um volume de negócios de 288 milhões de dólares (264 milhões de euros).

Apesar dos maus resultados da Farfetch, o grupo sul-coreano atravessa um bom período, com um aumento de 23% na faturação em relação ao ano anterior.

Além da unidade de Guimarães e escritórios que se mantêm em Matosinhos, a empresa passa a contar apenas com uma unidade em Lisboa, depois de ter encerrado operações também em  Braga, no final do ano passado, ainda antes da compra pelos sul-coreanos.

Recorde-se que a empresa fundada pelo vimaranense José Neves previa inaugurar um novo complexo em Leça até 2026, criando cerca de 7.000 postos de trabalho, situação que poderá já não acontecer.

De acordo com a SIC, cerca de 700 colaboradores já aceitaram a proposta de despedimento, sem direito a subsídio. Outros 200 estarão com contrato a termo certo que não será renovado. Existe ainda cerca de uma centena de funcionários em processo de despedimento coletivo.

Segundo o Eco, a Coupgang estará a reestruturar a empresa para estancar a liquidez, depois de uma injeção de 500 milhões de dólares, ocorrida no início de fevereiro. Ao todo, vão ser despedidas 2.000 pessoas (cerca de 30% da empresa).

 
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