A XIII edição da Bienal de Pintura do Eixo Atlântico pode ser visitada virtualmente, permitindo conhecer digitalmente as obras de artistas emergentes da Galiza e do Norte de Portugal, foi hoje revelado.
“Esta iniciativa, já adotada pelo Louvre, o MoMa de Nova Iorque ou o Museu do Prado em Madrid, permite democratizar e facilitar o acesso à arte”, assinala aquela entidade num comunicado.
A ideia de percorrer a exposição virtualmente, consolidou-se com a pandemia de covid-19 que impediu os cidadãos, em muitos momentos, ir aos museus, acrescenta o Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, entidade que reúne municípios do Norte de Portugal e da Galiza.
Por outro lado, este projeto democratiza a criação e o acesso à arte, permitindo que todos o possam fazer.
Este ano, a Bienal de Pintura do Eixo Atlântico promove ainda uma plataforma de lançamento de jovens pintores da Eurorregião, como forma de reconhecimento profissional.
O visitante vai encontrar 30 pinturas, cada uma delas acompanhada com a sua respetiva ficha técnica com a informação relativa à obra, medidas e técnica, bem como os dados do artista para favorecer a sua divulgação.
Poderá ainda partilhar-se as obras e marcá-las como favoritas, esclarece o comunicado hoje divulgado.
Citado em comunicado, Tito Senna, vencedor da XIII Bienal de Pintura, com a obra “Coração Resiliente”, considera que “a exposição virtual já é parte de uma necessidade contemporânea.”, salientando que “na web, a exposição adquire um caráter atemporal, multiplicando a experiência da Bienal”.
Mesmo em tempos de reclusão, considera o artista, “a proposta da visita virtual rompe a barreira física, pondo a arte e a cultura ao alcance de todos”.
Também Breogán Torres, de Vigo, prémio Jovens Talentos, acredita neste “ modelo de distribuição da arte” que permite fazer chegar às pessoas que vivem realmente na cidade ou local na qual se leve a cabo a exposição.
Entre outros artistas citados em comunicado, também António Bahia, artista nascido em Vila Nova de Famalicão, e autor da obra “Sobrevoo #5”, afirma que “a exposição dos trabalhos artísticos online é uma excelente ferramenta de divulgação” e quando “acompanhadas de informação relativa às questões técnicas da obra e autoria” garantem “uma melhor experiência ao espetador”.